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Lixo do Rock in Rio gera 110,5 toneladas e é reciclado

Lixo do Rock in Rio gera 110,5 toneladas e é reciclado
[foto] - Lixo do Rock in Rio, 110,5 ton, é reciclado. Foto Prefeitura do Rio de Janeiro-COMLURB, William Werneck

05-09-2022 10:40:37
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Nos 2 primeiros dias, o Rock in Rio rendeu 110,5 toneladas de resíduos que foram recolhidos pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (COMLURB), no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, onde os espetáculos vem sendo realizados. Perto de 1000 garis fazem a gestão dos resíduos desde a varrição; e, outros 181 atuam do lado externo cuidando inclusive das áreas de acesso. Tudo o que é coletado, é destinado às cooperativas de catadores para reciclagem, num procedimento que ajuda a sustentabilidade.

 


A Companhia Municipal de Limpeza Urbana trabalha diariamente no local, na gestão de resíduos do evento com a varrição das áreas de circulação do público, gramados, praças de alimentação, área VIP, bastidores, arenas e velódromo. Do lado de fora a limpeza é executada inclusive nas vias de acesso à Cidade do Rock.

A COMLURB responde ainda pela destinação correta do lixo gerado, com os resíduos potencialmente recicláveis sendo direcionados a cooperativas de catadores. Essas entidades foram escolhidas pelos organizadores do Festival e credenciadas junto à empresa, que fazem a comercialização com recicladoras, gerando emprego e renda.

Os resíduos orgânicos são levados para o EcoPonto do Caju da COMLURB, onde são utilizados para compostagem e transformados em biogás para geração de energia, biocombustível ou condicionador de solos, na unidade de biometanização, a primeira da América Latina. Para facilitar o descarte correto de resíduos, cerca de 2000 contêineres foram distribuídos, tanto na parte interna quanto na parte externa da Cidade do Rock.

Sustentabilidade e lixo

Das 110,5 toneladas de resíduos recolhidas pela Comlurb até agora, 37,98 toneladas de recicláveis foram encaminhados à startup Reutiliza Já e à Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), que vão garantir a rastreabilidade dos resíduos durante o Rock in Rio 2022 e a sustentabilidade do evento.

Para isso, será usada a tecnologia blockchain (mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações). Integrada à prestação de serviços das cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Essa tecnologia permite que cada material descartado no lixo, possa ser acompanhado, medido, separado, pesado e encaminhado para o destino certo.

Objetivo é garantir a rastreabilidade dos resíduos, desde o momento do consumo no revento até as cooperativas de reciclagem. Depois disso o material é levado até as indústrias, para ser transformado em matéria-prima novamente, usado na produção de embalagens de novos produtos, garantindo o ciclo da logística reversa.

Do total de 37,98 toneladas de resíduos recicláveis encaminhadas aos catadores, a maior parte (20,94 toneladas) é plástico, seguida de alumínio (5 toneladas).

Humberto Bahia, fundador e diretor executivo da Reutiliza Já, disse que não basta encaminhar os resíduos para a reciclagem. “Tem que informar e educar e, depois da comunicação mais humanizada, a gente tem que medir isso, tornar essa medição cada vez mais eficiente através de tecnologia”.

A tecnologia blockchain ajuda a certificar que os números obtidos são reais e que não houve desvios de materiais até as indústrias. “Depois da medição, a gente vai reaproveitar e encaminhar para os transformadores que chegam na indústria. A partir daí retorna para a sociedade”, destacou Bahia.

Ao final do processo, será possível saber quantas árvores foram preservadas e quanto foi a economia em termos de água e de energia, por exemplo. A ideia é, sem utilizar termos muito técnicos, conseguir passar à população os resultados alcançados.

Para Humberto Bahia, é inédito no mundo o nível de rastreabilidade e transparência da gestão de resíduos desta edição do Rock in Rio: “Não tem coisa mais atual do que a gente tratar do que é nosso, do Planeta. Acho que o Rock in Rio está sempre uns passinhos na frente”.

Placar da reciclagem

ANCAT opera o maior programa de logística reversa chamado de Reciclar pelo Brasil, em colaboração com 17 empresas. O presidente da entidade, Roberto Rocha, afirmou que a maior diferença do atual projeto do Rock in Rio é que agora a tecnologia da operação permite o acompanhamento de cada etapa, garantindo a circularidade do material.

“A tecnologia insere um novo serviço prestado pela categoria em uma era digital, sendo momento inovador, solução única e pioneira em todo o mundo. Tem o benefício de promover o protagonismo dos catadores dentro da economia circular, das exigências do ESG (governança ambiental, social e corporativa), contribuindo para a geração de renda e valorização profissional”. Rocha concluiu que esse é um grande legado social não apenas para futuros eventos, mas para o Planeta.

Ao fim do 9º Rock in Rio, será implementado o Placar da Reciclagem. Trata-se de uma calculadora socioambiental que dimensiona o impacto da iniciativa a partir da divulgação indicadores de desempenho e métricas socioambientais cientificamente validadas.

Rock in Rio retorna com as apresentações na próxima quinta-feira (220908) até domingo (220911).

 

 

Fonte: Agência Brasil e Prefeitura do Rio de Janeiro
 

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