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Petrobras e IBAMA se despedem dos pinguins de Magalhães que cuidaram

06-12-2021 21:19:46 (505 acessos)
São 6.747 Pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) que aportaram em mares do Brasil durante o ano de 2021.Registro foi feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Com a migração em final, os números mostram que os animais frequentaram mais Santa Catarina, com 4.741 pinguins monitorados; vindo a seguir o Paraná, com 1.028 e São Paulo, com 869. Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) é amparado pela Petrobras, em apoio à defesa ambiental.

 


A temporada anual dos pinguins no Brasil, ocorre, em geral, de junho a novembro. Coordenador do PMP da Bacia de Santos (PMP-BS no trecho 7 litoral paulista - Cananeia, Ilha Comprida), o biólogo com especialidade em aves, Henrique Chupil, explica que os pinguins, anualmente, fazem essa dispersão da área de reprodução, que fica no sul da Patagônia. “Acabam saindo da área reprodutiva e se deslocando para área mais próxima da linha do Equador, onde tem uma temperatura de água e temperatura atmosférica mais adequadas e, consequentemente, mais alimento. Esses bichos acabam vindo para cá."

Em consequência dessa longa viagem, alguns animais acabam sofrendo, principalmente os mais jovens, seja pelas intempéries do clima, seja pela escassez de alimentos, e ficam mais debilitados. “Estando debilitados, eles ainda podem sofrer com outro tipo de ação, seja ação antrópica (realizada pelo homem), seja por ingestão de lixo. Eles acabam ficando debilitados e aparecendo nas praias”.

O que varia é a forma como esses animais vão aparecendo na costa nacional. Há uma oscilação natural dessa espécie de pinguins, que responde, principalmente, ao número de nascimentos na Patagônia, “vai refletir no número de animais que vai chegar à costa do Brasil e vai ter uma influência direta das ações humanas, das interações antrópicas, e das condições climáticas também”.

Crescimento

O número de pinguins registrado na temporada de migração em 2021 é 20% maior que 2020 (5.657). Henrique Chupil informou que os animais encontrados vivos são avaliados e, quando necessário, encaminhados para receber atendimento veterinário. Dependendo da região, os pinguins debilitados são entregues para unidades estabilizadoras e centros de reabilitação, onde permanecem em tratamento até a soltura.

Nas unidades de tratamento apresentam hipotermia (temperatura abaixo do normal), hipoglicemia (falta de açúcar no sangue) e desidratação. Após a reabilitação, com a estabilização do quadro clínico, retornam ao ‘habitat’ natural. Antes de ser devolvidos ao mar, recebem um ‘chip’ que permite acompanhamento, caso reapareçam no litoral brasileiro.

Denise Almeida, consultora em Biodiversidade da Petrobras, esclareceu que a diferença entre as temporadas não é incomum. “O encalhe de pinguins normalmente ocorre da costa do Espirito Santo ao sul do país e este número pode variar de um ano para o outro”, disse. Completou que a base de dados que está sendo construída pelo projeto ao longo dos anos “é importantíssima, pois contribui para a comunidade científica entender as peculiaridades da biodiversidade marinha do nosso litoral e, assim, auxiliar na sua preservação”. O primeiro PMP foi implantado em 2009.

Ano em que os pesquisadores contabilizaram a maior quantidade de pinguins no litoral do Brasil foi 2018, com um total de 12.230, entre janeiro e novembro. Em Santa Catarina foram 6.861.

Atualmente, a Petrobras mantém quatro PMPs que, juntos, atuam em 10 estados litorâneos, em regiões onde a Companhia atua.

 

 

Fonte: Agência Petrobras
 

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