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Força Nacional vai proteger terras Yanomamis por 90 dias

14-06-2021 11:43:33 (482 acessos)
Pelo prazo de 90 dias, a Força Nacional está voltando à Amazônia para proteger a Terra Indígena Yanomami. Com 9,66 milhões de hectares (cada hectare corresponde, em média, às medidas aproximadas de um campo de futebol oficial), a área é parte do território de Roraima e do Estado do Amazonas. É composta por vegetação preservada, duas vezes superior à dimensão territorial do estado do Rio de Janeiro. Atrai a cobiça de garimpeiros e madeireiros, motivo de conflitos entre indígenas e invasores.

 


Em nome do Governo Federal, o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio de agentes da Força Nacional de Segurança Pública para reforçar a proteção da Terra Indígena Yanomami, a maior reserva de usufruto indígena do País.

Tropa federal ficará sediado na capital de Roraima, Boa Vista, por pelo menos 90 dias, prazo que pode ser estendido conforme a necessidade. Os agentes atuarão em apoio aos servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), de forma a preservar a ordem pública e a segurança das pessoas e do patrimônio.

A autorização consta da Portaria nº 256, assinada pelo ministro Anderson Torres e publicada no Diário Oficial da União de hoje (210614). Por medida de segurança, o número de agentes que participarão da operação não foi divulgado.

Segundo a Associação Yanomami Hutukara, entidade que reúne representantes de todos os povos indígenas que vivem na reserva criada em 1992, cerca de 20 mil garimpeiros atuam ilegalmente na área demarcada, desmatando a floresta, contaminando os cursos d´água com mercúrio e iodo e erodindo as margens dos rios.

Proteção aos Yanomamis

Em maio de 2021, a Associação denunciou uma série de ataques às comunidades espalhadas pelo interior da terra indígena.

Justiça Federal determinou que a União mantenha efetivo armado, de forma permanente, na comunidade Palimiú, para garantir a segurança dos moradores e evitar novos ataques como o denunciado no dia 10 de maio. A decisão judicial também determina que a Funai auxilie as forças de segurança no contato com os indígenas e no gerenciamento das relações interculturais.

Dez dias depois, foi a vez do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que a União garanta, por todos os meios necessários, a proteção da vida e da saúde das populações indígenas nas terras demarcadas dos povos Yanomami e Munduruku.

A decisão de Barroso atendeu a um pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). A entidade pediu a retirada urgente de invasores das terras indígenas, sobretudo do território demarcado dos Yanomami, “diante da iminência de um genocídio e da escalada de disseminação de malária e covid-19 na referida por garimpeiros ilegais”.

Desde 2020, uma Ação Civil Pública ajuizada pelo

Ministério Público Federal (MPF) pede que

autoridades federais retirem da área todos

os não-indígenas não autorizados a

permanecer no interior da reserva.

 

 

Fonte: Ministério da Justiça e Agência Brasil
 

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