A pesquisa Contas de Ecossistemas: Espécies ameaçadas de extinção no Brasil 2014, foi anunciada (20201105) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Atualmente, são reconhecidas no País 49.168 espécies de plantas e 117.096 de animais. Desse total, a pesquisa analisou as 4.617 da flora e as 12.262 da fauna, listadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, para as quais há informações sobre o estado de conservação. Representam, respectivamente, 11,26% e 10,13% do total de espécies reconhecidas.
Das espécies analisadas, 0,06% estão extintas, 0,01% estão extintas na
natureza, 4,73% estão criticamente em perigo, 9,35% em perigo, 5,74%
são vulneráveis, 3,98% estão quase ameaçadas de extinção, 62,82% são
menos preocupantes e 13,33% foram classificadas como dados insuficientes.
Índices indicam a necessidade de mais pesquisas para avaliação. São consideradas
ameaçadas as espécies nas categorias vulnerável, em perigo e criticamente em perigo.
A Mata Atlântica foi o bioma com mais espécies ameaçadas, tanto em números absolutos (1.989) quanto proporcionalmente (25%). Em seguida vêm o Cerrado, com 1.061 espécies ameaçadas, 19,7% do total de espécies do bioma, e a Caatinga (366 espécies ou 18,2%). O Pampa tem194 espécies ameaçadas, o que equivale a 14,5%.
No Pantanal há 88,7% e a Amazônia 84,3% de espécies na categoria menos preocupante e também o menor percentual de espécies consideradas ameaçadas, respectivamente com 3,8% e 4,73%. Em números absolutos, são 54 espécies ameaçadas no Pantanal e 278 na Amazônia.
A pesquisa analisou a fauna e a flora segundo a ocorrência nos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal, Mar e ilhas oceânicas; e, tipos de ambiente (terrestre, água doce e marinho). Mesma espécie pode ocorrer em diferentes biomas e ambientes. Nesse sentido, 47,7% eram observadas na Mata Atlântica, 35,7% na Amazônia, 32,4% no Cerrado, 12,4% no Mar e ilhas, 12,1% na Caatinga, 8,4% no Pantanal e 8% no Pampa.
Em relação à fauna no ambiente terrestre, as mais ameaçadas se encontram nas ilhas oceânicas, com 30 espécies, ou 38,5% do total de terrestres no Mar e ilhas. A Mata Atlântica tem um número absoluto maior de animais terrestres ameaçados: 426, mas uma proporção menor: 12,8% do total das terrestres.
Ao menos 10 espécies estão extintas: as aves maçarico-esquimó (Numenius borealis),
gritador-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti), limpa-folha-do-nordeste
(Philydor novaesi), peito-vermelho-grande (Sturnella defilippii), arara-azul-pequena
(Anodorhynchus glaucus), e caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum); o anfíbio
perereca-verde-de-fímbria (Phrynomedusa fimbriata); o mamífero rato-de-Noronha
(Noronhomys vespuccii); e os peixes marinhos tubarão-dente-de-agulha
(Carcharhinus isodon), e tubarão-lagarto (Schroederichthys bivius).
Além dessas, uma espécie está extinta na natureza, ou seja, depende de programas
de reprodução em cativeiro: a ave mutum-do-Nordeste (Pauxi mitu), observada na Mata Atlântica.
Fonte: CENAP-ICMBIO, Agência Brasil
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