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Comitê Olímpíco do Brasil continua com a mesma diretoria

07-10-2020 22:56:18 (862 acessos)
Paulo Wanderley e Marco La Porta foram eleitos para dirigir até 2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB). Significa que a comunidade de atletas está aprovando a atuação dos atuais dirigentes que já promoveram mudanças em benefício do esporte nacional. Ao ser declarado vitorioso, o Presidente garantiu "transparência, austeridade, meritocracia, competência e excelência." Nos próximos anos Comitê Olímpico seguirá a "gestão" voltada ao desenvolvimento do esporte, com envolvimento das confederações.

 


Conselho de Administração:

Jose Luiz Vasconcellos (CBC), Karl Anders Ivar Pettersson (CBDN), Matheus Figueiredo (CBDG), Raphael Nishimura (ABEE), Alberto Cavalcanti Maciel Junior (CBTKD), Silvio Acácio Borges (CBJ) Ernesto Teixeira Pitanga (CBTri) e Ricardo Leyser Gonçalves, sendo este último, membro independente, isto é, sem vínculo com as Confederações Brasileiras Olímpicas.

Conselho de Ética:

Humberto Aparecido Panzetti, candidato único na eleição.

 

Conquistas do COB desde 2017

Desde que assumiu a presidência, em 11 de outubro de 2017, Paulo Wanderley promoveu mudanças no COB:

  1. revisão de contratos,
  2. corte de gastos,
  3. adequação do orçamento à nova realidade do esporte olímpico brasileiro pós-Rio 2016;
  4. apresentação de novo estatuto, que passou a ser atualizado a cada dois anos;
  5. ampliação da Comissão de Atletas para 25 membros, com 19 votando na Assembleia Geral a partir do próximo ciclo (até 2017, somente um deles tinha direito a voto);
  6. criação do Conselho de Administração e do Conselho de Ética,
  7. Iniciativa inédita pela contratação de um Líder de Conformidade, para gerenciar o Canal de Ouvidoria. 
  8. parceria firmada com a ONU Mulheres para a elaboração da Política de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e Abuso Sexual;
  9. criação do Hall da Fama;
  10. destinação de 84% do valor arrecadado com a Lei das Loterias para a atividade fim (o esporte).

     

    Por fim, na área esportiva, o Time Brasil voltou de Lima 2019 com a melhor campanha da história em Jogos Pan-americanos, terminando em 2° lugar no quadro geral de medalhas (54 ouros, 46 pratas e 69 bronzes), participou dos Jogos Sul-americanos de Praia, em Rosário (Argentina) em 2019 com a Missão liderada 100% por mulheres e firmou acordo com 9 bases no Japão para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

 

Um atleta na presidência

Potiguar de Caicó (RN), mas criado no Espírito Santo, Paulo Wanderley Teixeira, 70 anos, é graduado em Educação Física. Iniciou a relação com o esporte olímpico aos 5 anos de idaede, quando se mudou para Vitória (ES) e teve contato pela primeira vez com o judô.

Foi técnico da seleção brasileira de Judô, de 1979 até 1993. Nesse período atuou como treinador nos Jogos Pan-americanos realizados em Havana em 1991 e nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992. Em 2001, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), cargo que ocupou até 2016, quando assumiu a vice-presidência do Comitê Olímpico do Brasil.

Na liderança da Confederação de Judô reaproximou a entidade com atletas e treinadores, desenvolveu a estrutura da prática do judô no País, organizou eventos internacionais, como os Mundiais adultos de 2007 e 2013, no Rio de Janeiro, e o Mundial por Equipes, em 2012, na capital da Bahia, Salvador. Conquistou 12 medalhas olímpicas para a modalidade, incluindo a primeira do judô feminino, com o bronze de Ketleyn Quadros em Pequim nos jogos de 2008, o inédito ouro de Sarah Menezes em Londres (2012) e o ouro histórico de Rafaela Silva, no Rio de Janeiro, em 2016.

Paulo Wanderley também foi presidente da Federação Espiritossantense de Judô, da Confederação Sul-americana de Judô, da Confederação Pan-americana de Judô e vice-presidente da Federação Internacional de Judô. Ocupa ainda o cargo de Consultor de Honra da Academia Brasileira de Treinadores (ABT).

20201006 - 20:52 horas

Comitê Olímpico do Brasil, o COB, tem eleição 41 anos depois

Depois de 41 anos com dirigentes indicados, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) vai viver um momento histórico nesta quarta-feira, dia 7 de outubro de 2020. É que pela primeira vez estão concorrendo 3 candidatos, com duas chapas lideradas por atletas. Significado destaque tem o evento, porque os futuros membros da diretoria irão comandar as equipes nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021 e a Olimpíada de Paris, em 2024.

 

A chapa da situação é representada pela “União é Força”. Concorre o atual

presidente Paulo Wanderley e o vice-presidente Marco La Porta. 

Pela “COB+Forte”, são candidatos o presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT),

Rafael Westrupp, e Emanuel Rego, campeão olímpico em 2004 no vôlei de praia.

A “Vem Ser” é formada pelo presidente da Confederação Brasileira do Pentatlo Moderno, Helio

Mereilles e Robson Caetano, recordista sul-americano dos 100 metros rasos e medalhista olímpico e mundial.

Para Katia Rubio, professora da Faculdade de Educação da USP e estudiosa do movimento olímpico, antes mesmo da eleição, o esporte olímpico já saiu ganhando: “O fato de haver três chapas depois de mais de quatro décadas nas eleições do COB é um indicador de que houve mudança no processo.

É a primeira eleição que não tem restrição dentro do próprio Colégio, para a inscrição de chapas. Antes, era necessária a indicação de 10 Confederações, 5 Confederações. Nesse processo atual, qualquer cidadão que conseguisse um companheiro para formar chapa pôde concorrer. Então, dessa forma, acredito que o pleito em si foi bastante diferenciado dos anteriores do próprio Comitê. É um começo. Mas um começo importante”.

Virgilio Franceschi Neto, mestre em Gestão do Esporte pela Universidade de Lisboa e membro da Associação Brasileira de Gestão do Esporte, concorda com a professora da USP: “Estamos longe das condições ideais. Mas essa eleição já marca o início de um caminho para isso. Tudo é parte de um processo. Até então tudo era desconhecido. Ficarão algumas lacunas, que serão preenchidas nas próximas eleições, que gerarão outras. Mas são os primeiros passos de uma caminhada de muito aprendizado”.

Além das três chapas, o pleito poderia contar com mais uma concorrente. O advogado e ex-presidente do Conselho de Ética do COB, Alberto Murray, foi forçado a abandonar a disputa após o candidato a vice, Mauro Silva, da Confederação Brasileira de Boxe, deixar o pleito. A decisão foi tomada dois dias depois do encerramento do prazo para as inscrições de novas chapas.

Apesar desse revés, Murray concorda que, aos poucos, o processo eleitoral do COB vai se democratizando: “Se voltarmos quatro anos, seria impossível esse cenário de três chapas disputando o pleito. A prisão temporária do Nuzman e o processo penal a que responde, foi um marco muito importante para o esporte brasileiro. Claro que a democracia ainda precisa avançar mais, com maior participação dos atletas e clubes. Isso virá com o tempo”.

Colégio eleitoral vota

O colégio eleitoral para a votação terá 49 votos. São 35 presidentes de Confederações esportivas, dois membros do Comitê Olímpico Internacional (Bernard Rajzman e Andrew Parsons) e os 12 integrantes da comissão de atletas.

Para Katia Rubio, a participação dos atletas pode ser decisiva: “Através da Comissão, eles têm em mãos o poder de desequilibrar uma eleição. Esses 12 votos representam quase um terço do colégio eleitoral. Pudemos observar que, nos últimos dias, houve uma série de reveses no processo. E esperamos que os atletas façam valer o direito de voto, e que mudem os rumos do COB. Que não sejam apenas um brinquedo nas mãos dos dirigentes. Que eles possam fazer o COB ser uma instância representativa do esporte olímpico no Brasil”.

Yane Marques, bronze no Pentatlo Moderno em Londres 2012 e vice-presidente da Comissão de Atletas, garante que têm consciência do peso nessa eleição: “O momento é histórico. Nosso voto será construído em conjunto. Nós votaremos em bloco. Entendemos que a Comissão representa um segmento. (…). Torço para que façamos as escolhas certas”.

Se no primeiro turno nenhuma das chapas chegar a maioria de 25 votos, será realizado um segundo pleito, depois do intervalo necessário para a distribuição de novas cédulas e logística de novo escrutínio. Essa será a primeira vez em mais de 40 anos que os atletas terão uma participação tão destacada na eleição do COB.

Além de eleger o novo presidente e o vice do COB, o colégio eleitoral escolherá

os sete representantes de Entidades Nacionais de Administração do Desporto

(ENADs), que representarão as modalidades que fazem parte dos programas

olímpicos de Verão e de Inverno, e o membro independente no Conselho de Administração

no próximo mandato. Esse conselho define a estratégia e as práticas de governança do COB.

O COB foi fundado em 8 de Junho de 1914. Mas, em razão da Primeira Guerra Mundial e de conflitos internos, a entidade passou a atuar oficialmente apenas em 1935. Nesses 85 anos, oito pessoas ocuparam o cargo de presidente: Antônio Prado Júnior (1935/1946), Arnaldo Guinle (1947/1950), José Ferreira Santos (1951/1962), Attila Aché (janeiro a outubro de 1963), Sylvio de Magalhães Padilha (1963/1990), André Gustavo Ritcher (1990/1995), Carlos Arthur Nuzman (1996/2017) e Paulo Wanderley (desde 2017).

 

 

Fonte: COB e Agência Brasil
 

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