Ar rarefeito provoca a síndrome do olho seco que aumenta o risco de alergia e inflamações oculares. Saiba como proteger sua visão
Já domina boa parte do Brasil, o ar seco. Previsão do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) diz que esta semana deve variar entre 10 e 30 nas regiões sul, sudeste e centro oeste, bem abaixo dos índices de 40 a 70 preconizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para a saúde. Leôncio Queiroz Neto, oftalmologista do Instituto Penido Burnier, observa que efeito mais visível da estiagem é o ressecamento dos olhos, garganta e nariz, mas vai muito além disso. Prejudica o organismo humano porque além de lubrificar as mucosas, a água é essencial no metabolismo por transportar nutrientes e eliminar toxinas.
Nos olhos o especialista afirma que o período de estiagem dobra o número de pessoas com vermelhidão, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. É a síndrome do olho seco decorrente da maior evaporação da camada aquosa do filme lacrimal que tem a função de proteger a superfície ocular das agressões externas. “A diminuição da lágrima aumenta o risco de alergia nos olhos, principalmente entre pessoas que já sofrem com outras doenças alérgicas como asma e dermatit,. A falta de lágrima também pode facilitara inflamação da córnea, ceratite, bem como contrair conjuntivite, inflamação da conjuntiva por vírus ou bactéria”, pontua..
Grupos de risco
Mulheres na menopausa, idosos, quem trabalha muitas horas no computador, portadores de doenças autoimunes, quem usa lente de contato ou medicamentos como antialérgico, antidepressivo e diurético são mais propensos à síndrome, salienta.
Tratamento
Queiroz Neto destaca que diz é muito comum pacientes que têm olho seco chegarem ao consultório com um saco de colírios lubrificantes que não resolvem o problema. Ele afirma que isso acontece porque existem vários tipos de colírio lubrificante que agem nas diferentes camadas da lágrima. Se o colírio não for adequado à deficiência do paciente é claro que não funciona., pondera. Resultado: Quando buscam consulta médica já estão com uma conjuntivite ou ceratite.
Outro erro comum cometido pela população é pingar soro fisiológico nos olhos para diminuir o ressecamento, comenta. “O sal do soro aumenta a irritação. Além disso, a solução não contém conservante e depois de aberta se transforma em campo fértil para o crescimento de bactérias e fungos que contaminam a córnea e conjuntiva”, alerta.
O tratamento mais avançado para olho seco, observa, é a aplicação de luz pulsada que estimula a produção da camada lipídica. É indicado quando no exame do filme lacrimal é diagnosticada esta deficiência. Com apenas quatro sessões o tratamento é finalizado, comenta.
Dicas de prevenção
As dicas do oftalmologista para prevenir o ressecamento da lágrima e a desidratação do organismo são:
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Riscos da automedicação
Queiroz Neto alerta que nenhum colírio deve ser usado sem acompanhamento médico para evitar complicações. Os sintomas do olho seco são muito parecidos com os da alergia ocular e conjuntivite, comenta. Já os tratamentos, são bastante diferentes e em alguns casos as doenças ocorrem simultaneamente. “Usar colírio antibiótico indicado para conjuntivite bacteriana em olhos com alergia piora o processo alérgico que está relacionado à queda da imunidade”, exemplifica.
A doença só não é grave em estágio inicial. Por isso, recomenda consultar um oftalmologista nos primeiros sintomas de desconforto principalmente neste período de pandemia, já que os olhos com baixa lubrificação ficam mais suscetíveis a todo tipo de vírus. A falta de tratamento adequado, conclui, também pode causar cicatrizes na córnea e comprometer severamente a visão.
Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
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