Tudo o que está acontecendo faz parte de uma deterioração da estrutura da economia
no Brasil, efeito de corrupção e decisões perdulárias. Antes da pandemia que o País
luta para dominar, o segmento de turismo vinha amargando dificuldades. Só não tinha
crise totalmente recessiva, porque o turismo resiste a agressões muito fortes como as
que afetaram o Brasil e o mundo nos últimos anos. Infelizmente as pessoas mais simples,
não conseguem entender questões ligadas à ideologia atuando
na administração pública e destruindo a iniciativa privada.
No dia 20 de março de 2019, foi a vez do histórico Hotel Novo Mundo, na Praia do Flamengo, Rio de Janeiro. Lugar de gente famosa desde a inauguração em 1950, pelos 227 apartamentos passaram astros do cinema e presidentes do Brasil, como Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas. Era preferido de Pelé, mas apesar da fama não resistiu à modernização.
Atendia costumeiramente os visitantes do Rio e famosos do mundo que chegavam para discutir assuntos de Governo. Tinha recomendação do próprio Eurico Gaspar Dutra, que sugeriu a construção, exatamente para fins diplomáticos e políticos. Ainda assim, não resistiu à crise da hotelaria perpetuada por política federal sacrificante dos últimos 15 anos, no País.
Preocupado com o movimento de turistas para a Copa do Mundo de 1950, o então presidente Gaspar Dutra chamou o bicheiro Gumercindo Nobre Fernandes em 1946; e, ordenou que construisse um hotel à altura dos visitantes internacionais (jornalistas, autoridades e jogadores). E o local escolhido foi justamente ao lado do Palácio do Catete (onde atualmente está o Museu da República), de onde se governava o Brasil, com vistas para a Baía de Guanabara, Corcovado e Pão de Açúcar.
Crise mundial agravada
Com o surgimento da pandemia do COVID-19, pelo mundo inteiro o setor hoteleiro sofreu o baque. E carrega junto uma série de empreendimentos, sendo mais poderoso o de serviços. São transportadores de pessoas e cargas, gastronomia e o comércio em geral. Turistas gastam muito e são o dínamo da economia.
Um terço do que conseguiu ganhar em 2019 (US$ 1,5 trilhão) deverá ser perdido
pelo setor de turismo, com a atual crise determinada pelas infecções do
coronavírus e atitudes de governos locais, pelo fechamento de acessos. Análise
feita pela Organização Mundial de Turismo (World Tourism Organization -
UNWTO) na sede da Espanha, concluiu que as perdas com restrições a turistas
pelo mundo, ficarão entre 20% a 30% do movimento de 2019.
Para os analistas, está perdido tudo que foi conquistado em termos de crescimento, nos últimos 5 a 7 anos. Perdas superiores a 4% nos negócios do setor, já tinham sido impostas em 2009 por ocasião da epidemia chamada SARS e antes disso, 0,4% com doença infecciosa no ano de 2003.
Para se ter uma dimensão do que está acontecendo, até dia 30 de abril de 2020, estão suspensos todos os eventos programados pela Organização Mundial de Turismo (UNWTO - United Nations World Tourism Organization). Anúncio foi feito pelo diretor-geral Zurab Pololikashvili, que fez um apelo aos viajantes e empresários do setor, para que sejam pacientes com a atual conjuntura de infecção por vírus que revoluciona a economia mundial. Lembrou que devem estar todos preparados para o amanhã de conquistas.
Turismo é a terceira fonte de renda no mundo. Em primeiro lugar aparece
o petróleo. Nesse ambiente os empresários do setor são responsáveis pelo
faturamento de US$ 2 trilhões (em 2018 foram US$ 1,7 trilhão entre os
meses de janeiro e setembro). Anualmente viajam pelo mundo 1,1 bilhão de pessoas.
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