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Gripe, desafio da saúde, tem sistema de monitoramento mundial


29-02-2020 12:00:51
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Surveillance and Response System (GISRS), sistema global de vigilância e resposta à influenza, composto por Centros Colaboradores da OMS e centros nacionais. Este é o trabalho que há alguns meses vem desenvolvendo a Organização Mundial da Saúde (OMS) para monitorar tendências sazonais e controlar vírus potencialmente pandêmicos. Infecção está presente em todas as partes da Terra e ocorre nas 4 estações do ano. No Brasil, por exemplo, se intensifica no final do verão e início de inverno.

 


 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou (190311) uma

nova estratégia global de controle da influenza, mais conhecida

como gripe. O plano que seguirá até 2030, visa prevenir a

influenza sazonal, controlar a disseminação da gripe dos

animais para os seres humanos e preparar governos e

sociedades para a próxima pandemia desse tipo de infecção.

A gripe continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública do mundo. A cada ano, estima-se que haja 1 bilhão de casos de influenza. Dessas ocorrências, de 3 a 5 milhões são graves, provocando de 290 mil a 650 mil mortes por doenças respiratórias relacionadas.

“A ameaça da gripe pandêmica está sempre presente”, afirma o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.

“É real e contínuo risco de um novo vírus da influenza que se transmita dos animais para humanos e cause potencialmente uma pandemia. A questão não é se teremos outra pandemia, mas quando. Precisamos estar vigilantes e preparados; saber que o custo de um grande surto de gripe superará em muito o preço da prevenção.”

A OMS recomenda a vacinação anual contra a gripe como a maneira

mais eficaz de prevenir a doença. A imunização é especialmente

importante para as pessoas com maior risco de complicações graves

causadas pela influenza e também para os profissionais de saúde.

A nova estratégia da Organização internacional é a mais abrangente e de maior alcance já desenvolvida para a gripe. O plano traça um caminho para proteger as populações todos os anos e ajuda na preparação para uma pandemia por meio do fortalecimento dos programas de rotina.

OMS tem dois objetivos: o primeiro é construir nos países, estruturas e mecanismos mais fortes de vigilância e resposta a doenças, de prevenção e controle e de preparação. Para alcançar isso, a agência faz um chamado para que todas as nações tenham um programa de influenza adaptado, que contribua para os esforços nacionais e globais, assim como para a segurança da saúde.

A segunda meta é desenvolver ferramentas melhores para prevenir, detectar, controlar e tratar a gripe. Isso inclui vacinas, antivirais e tratamentos mais eficazes. O aprimoramento desses recursos deve ter como alvo torná-los acessíveis a todos os países.

Com as parcerias que temos feito ao longo dos anos e o trabalho específico de cada país, o mundo está melhor preparado do que nunca para o próximo grande surto, mas ainda não estamos preparados o suficiente”.

“Estratégia visa nos levar a esse ponto. Basicamente, trata-se de preparar sistemas de saúde para gerenciar choques. E isso acontece somente quando os sistemas de saúde são fortes e saudáveis.”

Para implementar com sucesso esse plano, parcerias eficazes são essenciais. A OMS expandirá as cooperações para aumentar a pesquisa, a inovação e a disponibilidade de ferramentas globais novas e aprimoradas para enfrentar a influenza. Ao mesmo tempo, o organismo vai trabalhar em estreita colaboração com autoridades nacionais.

A estratégia foi desenvolvida por meio de um processo consultivo pelas contribuições dos estados-membros, academia, sociedade civil, indústria, especialistas internos e externos.

Programas bem-sucedidos da OMS já deram resultados. Por mais

de 65 anos, o Global Influenza

Surveillance and Response System (GISRS) – sistema global de vigilância

e resposta à influenza composto por Centros Colaboradores da OMS e

centros nacionais de influenza – trabalhou em conjunto para monitorar

tendências sazonais e vírus potencialmente pandêmicos. Esse mecanismo

serve como a espinha dorsal do sistema de alerta global para a gripe.

Um fator muito importante para a estratégia tem sido o sucesso contínuo do Quadro de Preparação para a Influenza Pandêmica. Esse outro sistema apoia o compartilhamento de vírus potencialmente pandêmicos entre autoridades de saúde, além de dar acesso a vacinas e tratamentos que salvam vidas em caso de pandemia.

A OMS afirma ainda que apoiar os países para fortalecer as capacidades de controle da influenza, terá benefícios colaterais na detecção geral de infecções. Isso porque governos poderão identificar melhor outras doenças infecciosas, como o ebola ou o coronavírus associado à síndrome respiratória do Oriente Médio.

 

 

 

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