Representante do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (CONASS), Leonardo Moura afirmou que o principal problema é o custo elevado dos mamógrafos para os estados. "Isso muitas vezes leva a situações, como foi colocado aqui pelo Tiago, de tomógrafos parados, de tomógrafos que estão instalados, porém não tem profissionais para operá-los adequadamente. Enfim, uma série de questões que poderiam ser resolvidas se tivéssemos um financiamento adequado."
Em 2008, foi sancionada a lei que assegura o exame mamográfico para as mulheres com idade superior a 40 anos (Lei 11664/08).
Autora do projeto que deu origem à lei, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) questiona decisão do Ministério da Saúde de não ampliar as mamografias de rastreamento para mulheres que não apresentam sintomas e que estão fora da faixa etária recomendada pelo SUS, de 50 a 69 anos.
“Sabemos que quanto antes tivermos diagnóstico e acesso ao tratamento, melhor é para o paciente, à família e ao serviço público, porque se gasta menos e as chances são muito maiores, de recuperação desse paciente.”
Representante do Ministério da Saúde, Jaqueline Misael defendeu a diretriz e
informou que os exames podem ser realizado nas unidades de saúde
independente da idade, caso a mulher identifique algum sinal preocupante.
"Entre 50 a 69 anos, sem sinal e sintoma, a mulher é elegível para rastreamento.
A diretriz preconiza exatamente isso, mas qualquer mulher que tenha necessidade
de fazer o exame de mamografia, pode ter acesso a ele na rede".
Senador quer 40 exame aos anos
Já está pronto para votação no plenário do Senado um projeto que anula a portaria que orienta o exame somente após 50 anos (PDS 377/15). Com isso, a mamografia para mulheres a partir dos 40 anos passaria a ser garantida pelo SUS, como defende a deputada Carmen Zanotto.
O rastreamento do câncer de mama assegura que o diagnóstico da doença seja feito no estágio inicial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que pelo menos 70% das mulheres na faixa de 50 a 69 anos façam mamografias a cada dois anos. No entanto, segundo dados do DataSUS, apenas São Paulo atende ao indicado com 74% de mulheres atendidas.
Fonte: Agência Brasil - Natália Ferreira
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