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Idosos triplicam em 30 anos, mas falta cuidadores e pessoal de saúde


02-10-2019 21:34:24
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Mais que triplicará nas Américas, até 2050, o número de pessoas acima dos 60 anos, que necessitam de cuidados prolongados. Estimativas indicam que que passam dos 8 milhões atuais para 30 milhões. No Dia Internacional das Pessoas Idosas, (191001), especialistas em envelhecimento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediram aos países que fortaleçam os sistemas de saúde para poder responder à mudança.

 


As pessoas estão vivendo mais na região, com os maiores ganhos observados na América Latina e no Caribe. “O aumento da expectativa de vida é uma das grandes conquistas das últimas décadas”, afirmou a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne. No entanto, ela acrescentou que, “para muitas pessoas, isso vem acompanhado por doenças crônicas e deficiências que, em muitos casos, afetam a capacidade das pessoas de serem autossuficientes”.

A situação aumentará significativamente a demanda

por atenção e cuidados, que deve basear-se em

abordagens integradas que ajudem as pessoas

idosas a manter suas capacidades funcionais.

 

“Os serviços de saúde devem estar adaptados às necessidades das pessoas idosas, que exigem uma gestão muito mais eficaz de seus cuidados. Isso não apenas melhora sua sobrevivência, mas também maximiza sua capacidade funcional e reduz os anos de dependência de outros”, complementou Etienne.

Em 2017, 14,6% da população das Américas tinha mais de 60 anos de idade. Em 2050, essa proporção deverá atingir quase 25% na América Latina e no Caribe como sub-região e até 30% em alguns países.

Essas mudanças ocorrerão em apenas 35 anos, dando à América Latina e ao Caribe metade do tempo para se adaptar em comparação com outras regiões do mundo. Na Europa, por exemplo, essa evolução durou cerca de 65 anos; no Canadá e nos Estados Unidos, aproximadamente 75 anos.

Aumenta incapacidade

A expectativa de vida nas Américas continua aumentando: ao fim de 2017, uma criança recém-nascida podia esperar viver em média 77 anos; uma pessoa de 60 anos podia esperar viver mais 22 anos; e uma pessoa com 80 anos viveria, em média, mais 9,4 anos.

No entanto, viver mais não significa necessariamente viver com boa saúde. Em toda a região, o número de anos vividos com incapacidade aumentou 12,6% desde 2009.

“A dependência durante a última década da vida é evitável; as pessoas não precisam viver seus últimos anos com problemas de saúde”, disse Enrique Vega, chefe da unidade do Curso de Vida Saudável da OPAS. “Nós podemos fazer essa mudança; é necessário um sistema de assistência de longo prazo com base nos direitos humanos, integrado aos serviços sociais”.

Falta cuidadores

De acordo com o relatório final do Plano de Ação da OPAS sobre

Saúde das Pessoas Idosas 2009-2018, os recursos humanos em

saúde não estão preparados para atender às necessidades das pessoas idosas.

Menos de 15% dos programas de graduação em ciências da saúde nas

Américas e menos de 10% das principais especialidades médicas incluem

envelhecimento e saúde geriátrica em seus programas de graduação ou pós-graduação.

 

Ao mesmo tempo, os cuidados familiares não remunerados, que atualmente representam a maior parte dos cuidados de longa duração, oferecidos predominantemente por mulheres, se tornarão cada vez mais insustentáveis nas próximas décadas, tanto por razões éticas e sociais quanto por razões socioeconômicas e demográficas, incluindo mudanças na estrutura familiar e participação das mulheres na força de trabalho.

Década do Envelhecimento 2020-2030

Para promover o envelhecimento saudável, a Organização Mundial da Saúde (OMS) liderará a Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Década será um esforço mundial para alcançar vidas mais longas, mas também saudáveis.

O Dia Internacional das Pessoas Idosas é uma oportunidade para destacar as importantes contribuições dessa população para a sociedade e conscientizar sobre as oportunidades e os desafios do envelhecimento no mundo de hoje. A campanha procura destacar as desigualdades atualmente enfrentadas pelas pessoas idosas e evitar formas de exclusão que possam surgir no futuro.

 

 

 

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