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Só 20% dos brasileiros fazem exame precoce contra o câncer


24-05-2019 21:33:13
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Só 20% dos brasileiros antecipam exames que descobrem o câncer no primeiro estágio, fase mais fácil de curar. Número desatualizado (refere-se entre 2002 a 2010) mas ilustra uma realidade ainda presente no Brasil, foi exibido por Carlos Augusto Ferraz, do Tribunal de Contas da União (TCU) aos deputados da Comissão de Seguridade Social. Estão empenhados em definir políticas exitosas contra a incidência da doença no País.

 


Para além do financiamento, Carlos Augusto defende que é preciso reorganizar o atendimento com a criação de centros regionais de média complexidade e fazer a identificação onde estão os gargalos no atendimento.

"Existe um déficit de assistência. A quantidade de exames realizados nos Cacons e nos Unacons é bem abaixo da quantidade prevista. O Ministério da Saúde tem uma tabela, uma portaria em que ele regula aquilo que é a expectativa de exames realizados, e os exames são bem inferiores àquilo que estimado, aquilo que é regulado pelo Ministério da Saúde."

Já Leonardo Vilela, representante do Conselho Nacional

de Secretários de Saúde (Conass), defendeu o aporte de

recursos. Lembrou que, no caso do câncer, o diagnóstico

precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e para a economia de recursos.



"É preciso que o Congresso Nacional atue de forma bastante incisiva no sentido de aumentar o financiamento da saúde. Nos preocupa sobremaneira que nós temos em vigor a emenda constitucional 95, que limita o teto de gastos, e que numa situação de crise econômica ela vai reduzir os recursos destinados à saúde por parte da União", disse.

O representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Carmino de Souza, lembrou que os vários tipos de câncer afetam anualmente cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo; deste total, quase um quarto morre. Para ele, é preciso implementar ações num programa que seja de Estado, e não apenas de um governo.

"Primeiro: criar os centros integrados. Nós podemos fazer uma carta consulta, conseguir financiamento internacional, já que o mundo está cheio de dinheiro para fazer programas desse tipo. Depois, o reconhecimento de redes – isso é para agora. E o terceiro: trabalhar num programa de essencialidade, para fazer o melhor com o que nós temos. Isso diminui a judicialização, que é um grande problema na área de câncer."


A autora do requerimento para a realização da audiência pública,

deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), afirmou que o câncer precisa

ser amplamente discutido. Só assim as políticas de prevenção

e tratamento serão implementadas de forma eficaz. Denunciou

que a cada ano são registrados 600 mil novos casos da doença

no Brasil. A deputada, que já teve a doença três vezes,

destacou a importância do diagnóstico precoce.



"Minha missão é mostrar que é possível dar a volta por cima quando detectado no início, mas para isso é preciso um respaldo do poder público em amparar e dar oportunidade de viver, infelizmente sabemos que não é isso que acontece em grande parte do Brasil a situação da saúde é precária e beira o caos. Os brasileiros estão morrendo sem sequer terem a oportunidade de receber o atendimento e lutarem por suas vidas."

A Política Nacional de Combate ao Câncer é uma portaria do Ministério da Saúde (874/13) que traz diretrizes para a prevenção e o atendimento para pessoas com câncer no SUS, mas até hoje muitas das  determinações ainda não foram cumpridas.

 

 

Fonte: Agência Câmara
 

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