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Câncer infantil está fazendo mais vítimas em países pobres


09-03-2019 19:05:42
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A cada ano, média de 215 mil casos de câncer são diagnosticados em todo o mundo entre crianças com menos de 15 anos. É o que informa a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC). Outras 85 mil ocorrências são identificadas entre jovens com idade de 15 a 19 anos. Maior chance de sobreviver está entre vítimas de países ricos: 60%.

 


A IARC, que atgua em nome da Organização Mundial da Saúde (OMS), efendeu que aumentar e melhorar a coleta de dados de saúde pode ajudar a reduzir o impacto do câncer infantil. “Para combater o câncer infantil e as desigualdades, a escala do problema precisa ser conhecida”.

Segundo a instituição, em países de renda alta, 80% das crianças com câncer conseguem ser curadas, enquanto que, em países de baixa e média renda, apenas 20% sobrevivem.

Desigualdades surgem da falta de capacitação entre profissionais da saúde,

assim como da ausência de infraestruturas médicas eficazes. Instalações

inadequadas para diagnósticos e tratamentos também são parte do problema.

“O país de residência é o melhor indicador do resultado (do tratamento)

para crianças com câncer”, afirmou a IARC.

A OMS aponta que a assistência médica adequada e a tempo pode aumentar significativamente as taxas de sobrevivência, mas muitos jovens em países em desenvolvimento não estão recebendo as terapias corretas.

Dados críticos

Em muitos países de baixa renda, a falta de infraestrutura e de registros de qualidade sobre câncer significa que os dados sobre o impacto do câncer entre crianças são escassos. Por exemplo, informações sobre a incidência de câncer estão disponíveis para apenas 5% da população infantil da África. Taxas de sobrevivência estão disponíveis para uma porcentagem ainda menor.

Dados da OMS mostram que, em comparação com os adultos, as crianças são afetadas por tipos diferentes de câncer. Quase metade dos casos de câncer infantil é relacionada a células sanguíneas. Outros casos mais frequentes são tumores no sistema nervoso central e tumores que podem se desenvolver a partir de tecidos embrionários.

Para entender e combater o câncer infantil, a IARC se uniu à recém-formada Iniciativa Global para o Câncer Infantil, da OMS. O projeto busca reduzir as desigualdades no acesso ao diagnóstico e na qualidade do tratamento. Também visa melhorar os resultados do tratamento para todas as crianças.

De acordo com a cientista Eva Steliarova-Foucher, da IARC,

a agência de pesquisas é capaz de dar um “valioso apoio

técnico para ajudar países a construírem seus sistemas de

informação e usarem dados sobre incidência, sobrevivência e

mortalidade para a avaliação, planejamento, monitoramento e controle do câncer”.

“Muitos países não estão cientes da extensão do impacto do câncer infantil”, acrescenta a diretora da agência internacional, Elisabete Weiderpass. A dirigente aponta ainda que “a falta de dados de alta qualidade impede governos de identificar políticas eficazes de saúde pública e de responder às necessidades dos pacientes”.

A Iniciativa Global quer alcançar uma taxa de sobrevivência de pelo menos 60% para todas as crianças com câncer no planeta, até 2030. A meta representa aproximadamente o dobro da taxa atual de sobrevivência. Se o projeto atingir o objetivo, conseguirá salvar 1 milhão de vidas ao longo da próxima década.

 

 

 

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