Professores de Português e Literatura em todos os níveis, reclamam desses obstáculos e
promovem o incentivo, mas os resultados são ainda precários. Estratégias de comunicação
que fazem o sucesso empresarial, atraindo milhões, não conseguem resolver o acesso. E
o resultado é a multidão alfabetizada, mas sem conhecer sobre assuntos aos quais ficam
expostos. Pode ser também consequência do
empobrecimento e até de parcela do desemprego de 13 milhões de trabalhadores.
Em março houve um debate em Brasília, com o envolvimento de especialistas que falaram justamente em aparelhar as bibliotecas como "centros de informação, transformadores da sociedade". Acusaram as escolas públicas de terem desarticulado e deteriorado os ambientes bibliotecários. Em Brasília há 100 escolas sem bibliotecas e outro tanto que as fecharam nos últimos anos (referência do deputado Professor Reginaldo Veras, PDT).
Mas esse quadro é nacional e com maior gravidade quando se chega ao interior. Por políticas culturaisx e de educação, enganosas, esses centros de difusão de conhecimento foram relegados a um plano secundário na estrutura educacional. Assim, até o mobiliário foi sendo deteriorado, seguido de escassez de recursos para aquisição de livros e material de leitura moderno para acompanhamento da evolução da tecnologia.
No modelo de Educação proposto pelo Governo, as referências a bibliotecas e centros de documentação ganhou referência mínima, mas foi lembrado. Justamente nas salas de aula está o desafio a ser enfrentado, que é a atração dos jovens, apegado aos celulares e jogos eletrônicos. Profissionais bibliotecários o Brasil tem; aqueles que para resolver os desafios impostos e o cumprimento da lei. Mas há muitos desempregados no segmento.
A despeito dessa "pequena" alusão ao plano de Governo para a questão dos centros de informação, todos os envolvidos e interessados numa disseminação cultural de qualidade, devem atuar politicamente. Está no Parlamento um meio de conseguir superar esse mal que qualifica a todos como "quase ignorantes".
Fonte: Agência Câmara - Cláudio Ferreira
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