Relatório de Desenvolvimento Mundial 2018 defende que a educação sem
o aprendizado adequado não é apenas uma oportunidade desperdiçada, mas
também uma grande injustiça a crianças e jovens em todo o mundo.
“Essa crise de aprendizagem é uma crise moral e econômica”, disse Jim Yong
Kim, presidente do Grupo do Banco Mundial, em um
comunicado de imprensa sobre o lançamento do relatório.
De acordo com o documento, sem uma aprendizagem adequada, a educação
não conseguirá cumprir sua promessa de eliminar a
pobreza extrema e criar oportunidades e prosperidade para todos.
Mesmo depois de muitos anos na escola, milhões de crianças não conseguem ler, escrever ou fazer matemática básica. Kim ressaltou ainda que as crianças que mais perdem os benefícios da educação são aquelas que mais precisam da educação de boa qualidade para “progredirem na vida”.
De acordo com o Banco Mundial, essa crise de aprendizagem está aumentando as diferenças sociais, em vez de diminuí-las. Os jovens estudantes que já estão em situação de desvantagem devido a pobreza, conflito, gênero ou deficiências, chegam à idade adulta sem competências básicas de vida.
Institutição mundial recomenda políticas concretas para ajudar países em desenvolvimento a resolver a crise, como avaliações de aprendizado mais sólidas quanto ao que funciona e ao que não funciona. O documento também aborda a mobilização social necessária para impulsionar mudanças educacionais que defendem a aprendizagem para todos.
As principais avaliações internacionais sobre alfabetização e numeração mostram que o aluno médio em países pobres tem desempenho menor que 95% em países de alta renda.
Segundo o Banco Mundial, muitos estudantes de alto desempenho em países de média renda são classificados como de baixo desempenho em um país mais rico. A pesquisa apontou que quando os países e líderes colocam a aprendizagem de todos como uma prioridade nacional, os padrões de educação melhoram dramaticamente.
Elaborado por uma equipe dirigida pelos economistas Deon Filmer e Halsey
Rogers, o relatório identifica o que impulsiona essas falhas de aprendizado,
analisando não apenas as formas como o ensino e o aprendizado se dividem
nas escolas, mas também as forças políticas que causam a persistência desses problemas.
Após consultas com governos, setor privado e organizações de desenvolvimento e pesquisa em 20 países, as recomendações políticas oferecidas são: avaliar a aprendizagem para que ela tenha um objetivo mensurável; fazer as escolas trabalharem para todas as crianças; e mobilizar todos os que têm interesse em aprender.
Fonte: Banco Mundial
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