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Risco de extinção ameaça 40% dos polinizadores


21-12-2016 08:48:13
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Risco de extinção global está ameaçando 40% dos polinizadores vertebrados, fundamentais para o cultivo de espécies de subsistência dos seres vivos. Na Conferência da Biodiversidade, em Cancun (17 de dezembro), o assunto será preocupação maior. A polinização mobiliza mais de 20 mil espécies de abelhas e assemelhados como borboletas e vespas.

 


Especialistas afirmam que 75% dos alimentos cultivados

dependem em alguma medida da polinização animal,

fenômeno que mobiliza mais de 20 mil espécies de abelhas

e também outros seres vivos, como moscas, borboletas,

mariposas, vespas, besouros, pássaros e morcegos.

Apesar do importante papel desempenhado por esses bichos, mais de 40% dos polinizadores vertebrados — e 16% dos invertebrados — estão sob risco de extinção global.

“Polinizadores afetam todos nós. A comida que comemos, como frutas e vegetais, nosso café e chocolate, todos dependem dos polinizadores. Contudo, polinizadores estão enfrentando muitos desafios, da agricultura intensiva e pesticidas às mudanças climáticas, que estão colocando muita pressão sobre eles”, explicou o professor Simon Potts, da Universidade de Reading no Reino Unido.

O especialista é um dos principais coordenadores do relatório sobre o tema produzido pela Plataforma Intergovernamental de Ciência e Política sobre Serviços de Biodiversidade e Ecossistemas (IPBES).

US$ 577 bilhões

O valor anual das safras globais que precisam do “trabalho” dos polinizadores é estimado em 577 bilhões de dólares. Sem eles, culturas como as de café, cacau e maçã teriam sua produção drasticamente afetada. Reduções na oferta poderiam aumentar os preços para os consumidores, reduzindo os lucros de fornecedores. Potenciais perdas em dinheiro são calculadas em valores que variam de 160 bilhões a 191 bilhões.

“Serviços de polinização são um ‘insumo agrícola’ que assegura a produção das safras. Todos os fazendeiros, especialmente agricultores familiares e pequenos proprietários em todo o mundo, se beneficiam desses serviços”. É o que disse José Graziano, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O chefe da agência disse ainda que “aumentar a densidade e diversidade dos polinizadores tem um impacto positivo direto sobre a produção das safras, promovendo consequentemente a segurança alimentar e nutricional”.

Pelos ciclos de vida

Além de participar das cadeias produtivas criadas pelo homem — não apenas as de alimentos, mas também de remédios, fibras como algodão e linho e biocombustíveis —, os polinizadores são responsáveis ainda pela manutenção dos ciclos de vida de quase 90% das plantas silvestres florescentes.

O relatório da IPBES aponta algumas soluções que países podem adotar para proteger esses animais, como a rotação de culturas, o uso de saberes indígenas, a redução do uso de pesticidas, a promoção de práticas sustentáveis e a criação de habitats mais diversos para polinizadores nas paisagens urbanas e rurais.

 

 

 

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