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Muda tratamento da sífilis, gonorreia e clamídia. Resistem a antibióticos


04-05-2019 22:04:11
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Porque as doenças tornaram-se resistentes aos cuidados tradicionais com antibióticos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou as diretrizes para tratamento da sífilis, clamídia e gonorreia. E a incidência cresce. Estatísticas indicam que são 5,6 milhões infectados por sífilis, 131 milhões por clamídia e 78 milhões por bactérias da gonorreia.

 


Prevenção e tratamento precoce dessas infecções sexualmente

transmissíveis, são fundamentais para evitar

complicações mais graves e até mesmo fatais

A falta de acesso a diagnóstico e a perda da eficácia de alguns medicamentos — causada pelo uso excessivo e inadequado das drogas — têm aumentado os riscos à população.

A OMS alerta que já foram identificadas cepas de N. gonorrhoeae — agente patológico da gonorreia — que não reagem a nenhum dos antibióticos atualmente disponíveis. Casos de resistência também são registrados para as bactérias da sífilis e da clamídia, mas são menos frequentes.

Problemas de saúde associados às três doenças afetam principalmente as mulheres e podem ter consequências no longo prazo. Doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e aborto estão entre as complicações, que também incluem infertilidade, tanto no público feminino, quanto nos homens.

Clamídia, gonorreia e sífilis também podem duplicar ou triplicar o risco de infecção pelo vírus HIV. A OMS informa ainda que infecções sexualmente transmissíveis, quando não tratadas durante a gravidez, aumentam o risco de natimortos e morte neonatal.

Tratamento de gonorreia

A agência de saúde da ONU destaca que, devido ao aumento da resistência de antibióticos, medicamentos mais antigos e baratos não têm surtido efeito para tratar gonorreia.

A OMS recomenda às autoridades que utilizem a droga mais eficaz contra a doença, de acordo com as diretrizes sobre resistência locais, e desaconselha a prescrição das quinolonas, uma classe de antibióticos que tem se mostrado ineficaz em numerosas ocorrências.

Sífilis ameaça de saúde pública

Em 2012, a transmissão materno-infantil da sífilis provocou cerca de 143 mil mortes fetais precoces e nascimentos de natimortos; 62 mil mortes neonatais; e 44 mil nascimentos prematuros ou de crianças abaixo do peso.

Para tratar a infecção, as novas diretrizes da OMS recomendam fortemente uma única dose de penicilina benzatina, um antibiótico injetado por um médico ou enfermeiro no músculo das nádegas ou na coxa do paciente infectado. Essa é a terapia considerada mais eficaz para a sífilis, sendo também mais barata que os antibióticos orais.

Apesar de considerada essencial pelo organismo internacional, o medicamento passa por um período de escassez já há alguns anos. Relatos de desabastecimento chegaram à OMS de algumas das regiões mais afetadas pela doença.

Clamídia por via sexual

A Organização Mundial da Saúde alerta que a clamídia é uma das mais frequentes doenças bacterianas transmitidas por via sexual. Os sintomas incluem sangramento e sensação de queimação ao urinar, mas a maioria dos infectados não costuma manifestar traços da patologia. Mesmo na forma assintomática, a clamídia pode causar danos ao sistema reprodutivo.

 

 

 

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