Augusto de Campos
Aniversariante de 14/Fevereiro

Augusto Luiz Browne de Campos nasceu em São Paulo.

É poeta e tradutor brasileiro.

Poeta, tradutor, ensaísta e crítico de literatura e música, publicou seu primeiro livro de poemas, O rei menos o reino, em 1951. No ano seguinte, em 1952, publica em companhia de seu irmão Haroldo de Campos, fazendo a revista literária Noigandres, e dando início ao que seria conhecido como grupo Noigandres.

Em 1955, no segundo número da revista, publicou uma série de poemas em cores, Poetamenos, considerados os primeiros exemplos consistentes de poesia concreta no Brasil. O verso e a sintaxe convencional eram abandonados e as palavras rearranjadas em estruturas gráfico-espaciais, algumas vezes impressas em até seis cores diferentes, sob inspiração da Klangfarbenmelodie (melodia de "cores sonoras"), teorizada pelo compositor austríaco Arnold Schönberg e representada principalmente pelo compositor Anton Webern.

Décio Pignatari, Ronaldo Azeredo e Augusto de Campos no Ministério da Educação do Rio de Janeiro em fevereiro de 1957

Em 1956 participou da organização da Primeira Exposição Nacional de Arte Concreta (Artes Plásticas e Poesia), no Museu de Arte Moderna de São Paulo, sua obra veio a ser incluída, posteriormente, em muitas mostras, bem como em antologias internacionais como as históricas publicações Concrete Poetry: an International Anthology, organizada por Stephen Bann (London, 1967), Concrete Poetry: a World View, por Mary Ellen Solt (University of Bloomington, Indiana, 1968); Anthology of Concrete Poetry, por Emmet Williams (NY, 1968).

Em 25 de Janeiro de 2022, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em um esforço conjunto do Núcleo de Tradução e Criação (ntc/UFF), do Instituto de Letras da UFF e do Conselho Universitário.

A maioria dos seus poemas acha-se reunida em Viva Vaia, 1979, Despoesia, 1994 e Não, 2003. Outras obras importantes são Poemóbiles (1974) e Caixa Preta (1975), coleções de poemas-objetos em colaboração com o artista plástico e designer Julio Plaza. Seu livro Não poemas (2003) recebeu o prêmio de Livro do Ano, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional.

 
 
 

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