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Diagnóstico do transtorno bipolar tem diretrizes do Ministério da Saúde


10-03-2015 11:17:05
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Diretrizes terapêuticas para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do transtorno bipolar devem ser mostradas nos próximos dias pelo Ministério da Saúde. Mais de 2 milhões de pessoas são afetadas pela doença na forma que tem, maior gravidade. É o chamado "transtorno afetivo". Há muita dificuldade para identificação dos pacientes portadores.

 


Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o novo protocolo vai unificar a atenção dada à doença em todo o País e, com isso, facilitar a identificação por médicos da atenção básica. Deverão encaminhar o paciente para o tratamento adequado, oferecido nos centros de Atenção Psicossocial.


A doença que afeta cerca de 2 milhões de brasileiros, se manifesta em fases que alternam a hiperexcitabilidade e a agitação com profunda tristeza e depressão. A duração de cada fase varia de pessoa para pessoa, podendo durar horas, dias, meses e até anos. Um complicador para a pessoa portadora do transtorno surge quando as duas fases se misturam, o chamado estado misto.


A publicação também deve trazer a incorporação de cinco medicamentos para o tratamento do transtorno bipolar. Clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona são remédios usados para outros fins na rede pública, mas que até o fim do semestre devem estar disponíveis também para esse transtorno afetivo. A expectativa é que em 2015 cerca de 270 mil pessoas sejam beneficiadas com o tratamento. O investimento este ano será cerca de R$ 90 milhões com os medicamentos.


Segundo a professora de psiquiatria da Universidade de Brasília Maria das Graças de Oliveira, a incorporação dos remédios deve ser comemorada, já que o tratamento é essencial para que o paciente tenha qualidade de vida. ”A falta desses medicamentos acaba fazendo com que os médicos prescrevam produtos mais antigos, menos específicos e que, portanto, têm mais efeitos colaterais”.


A especialista explica que não há cura para o transtorno bipolar, mas, se o paciente seguir o tratamento de forma adequada, pode passar anos sem apresentar crise. Ela alerta que muitos deixam de tomar os remédios quando se sentem bem, correndo o risco de ter uma crise mais agressiva depois desse intervalo.

 

 

 

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