Mulheres sofrem mais por causa das alterações hormonais. Estudo realizado por Queriroz Neto com 960 pacientes, dos quais 540 mulheres e 420 homens com idade entre 23 e 65 anos, demonstra que na população feminina os problemas visuais não relacionados à presbiopia e aos erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia) são 50% maiores do que entre homens.
"Os hormônios sexuais que fazem dos distúrbios do sono serem mais frequentes na população feminina, também respondem pela maior incidência de olho seco, glaucoma e da catarata prematura nas mulheres que entram na menopausa precocemente".
A mais recente pesquisa divulgada pelo IPOM (Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente) no final de 2012, mostra que atinge 69% dos brasileiros com idade de 20 a 60 anos.
De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, nossa vida é regida pela luz que regula todas as funções biológicas no período de um dia. Por isso, o sono é vital à saúde. O hábito de dormir menos de 6 a 8 horas diárias recomendadas internacionalmente, aumenta o risco de alterações vasculares na retina que podem causar a perda definitiva da visão. Isso justifica o fato de que diversas pesquisas apontam uma correlação entre a falta de sono e o aparecimento da obesidade, diabetes e doenças cardíacas, importantes fatores relacionados às degenerações nos vasinhos do fundo do olho.
O médico explica que o estresse gerado pela dificuldade para dormir desorganiza o consumo de glicose pelo organismo e dificulta a utilização da insulina secretada pelo pâncreas. A obesidade e o diabetes são efeitos deste processo.
Doenças cardíacas
O sono insuficiente também eleva o nível de dois marcadores inflamatórios ligados às doenças cardíacas - a molécula interleucina-6 (IL-6) e a proteína C reativa de alta sensibilidade (hs-CRP). O especialista destaca que um estudo britânico mostra que esta elevação é maior em mulheres do que entre homens.
O problema é que os distúrbios do sono são mais frequentes entre mulheres por causa das alterações hormonais que regularmente experimentam na TPM (tensão pré-menstrual), menstruação, climatério e menopausa. Não por acaso, observa, um relatório publicado no início deste mês pela Sociedade de Pesquisa em Saúde da Mulher (EUA) sugere à comunidade científica o desenvolvimento de estudos da higiene do sono abordando as diferenças entre os sexos.
Outros efeitos do estresse
O médico destaca que os distúrbios do sono comprometem a imunidade e portanto a capacidade de nosso organismo combater infecções e ter reações equilibradas às agressões externas. Por isso, afirma, quem dorme mal tem mais facilidade de contrair conjuntivite viral e bacteriana ou ter conjuntivite alérgica, especialmente no frio e períodos de estiagem prolongada.
Outro efeito é a maior liberação dos hormônios do estresse - cortisol e adrenalina - que aumentam a produção de radicais livres. No olhos, a maior produção de radicais livres favorece o envelhecimento precoce, e o aparecimento da catarata.
Como prevenir
O oftalmologista diz que algumas alterações na dieta podem minimizar os efeitos do estresse e reduzir o distúrbio do sono. As principais dicas do médico são:
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Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
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