Jaber é o o presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), contrário à legalização da maconha, por razões médicas. Do ponto de vista pulmonar, o uso da maconha acarreta a instalação de bronquite, de câncer de traqueia e de brônquios. A droga provoca também alteração na produção de espermatozoides no homem e disfunção sexual. Do lado psiquiátrico, disse que o uso da maconha está “fortemente associado” a transtornos psicóticos. “Ou seja, doenças em que o paciente perde totalmente o contato com a realidade e pode desenvolver alucinações visuais e auditivas, delírios persecutórios, principalmente, o que leva, por exemplo, a situações de descontrole, colocando em risco a própria vida ou de terceiros. Então, sob o ponto de vista médico, a maconha causa inúmeros problemas”.
O presidente da Abrad, que integra também o Comad, informou que, no Brasil, está se confirmando o uso crescente de maconha em idades cada vez mais jovens. Argumentou que não há nenhuma vantagem cientificamente comprovada de que o uso da maconha traga algum benefício, além de uma sensação que considera agradável.
Em populações das classes média e média alta das maiores capitais, que têm acesso a bens, a uma boa alimentação, a práticas esportivas, o prejuízo do consumo da maconha é menor do que em populações de baixa renda. “Aí é uma catástrofe. É uma garotada que não tem escola, que não se alimenta bem. É um pessoal mais complicado e que, certamente, ficará bastante comprometido”.
Outro argumento contra a legalização da maconha, levantado por Jaber, está ligado ao controle da droga. “Se a proibição da venda de tabaco e de álcool para crianças e adolescentes fosse respeitada, nós poderíamos acredita que também a maconha, quando fosse liberada, poderia ser controlada e os jovens não iam usar. A verdade, porém, é que não conseguimos controlar o uso de álcool”. Esse é um ponto importante da questão, sob o ponto de vista de saúde pública, acrescentou, “porque nós não temos recursos suficientes para tratar as pessoas que sofrem do uso de drogas atualmente. Imagina quando aumentar o consumo”.
Fonte: Agência Brasil
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