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Doenças genéticas com cobertura obrigatória por planos de saúde


02-01-2014 11:32:07
(1474 acessos)
 
ANS definiu 22 critérios de uso de tecnologias no rastreamento e tratamento de 29 doenças genéticas. São diretrizes referentes à assistência, tratamento e aconselhamento das condições genéticas contempladas nos procedimentos de Análise Molecular de DNA e Pesquisa de Microdeleções e Microduplicações por Florence In Sito Hybridization (FISH).

 


Esses procedimentos são utilizados para a avaliação e identificação de diversas doenças genéticas. É a identificação que possibilita direcionar o tratamento mais adequado e avaliar como será a evolução do paciente. É possível ajudar inclusive a evitar que ocorram algumas complicações da doença.


A LISTA COMPLETA


DAS DOENÇAS ABRANGIDAS


PELAS NOVAS REGRAS DA ANS


DIRETRIZES:


1. CÂNCER DE MAMA E OVÁRIO HEREDITÁRIOS - GENE BRCA1/BRCA2


Para pesquisa de câncer de mama e ovário familiar.


2. ADRENOLEUCODISTROFIA


Doença genética rara ligada ao cromossomo X, que atinge as glândulas


adrenais, sistema nervoso e testículos. A doença atinge particularmente os


homens e pode se manifestar em qualquer idade.


3. ATAXIA DE FRIEDREICH


Doença genética e progressiva do sistema nervoso central cujos sintomas são


dificuldades de equilíbrio, falta de coordenação e dificuldades na articulação


das palavras.


4. DEFICIÊNCIA DE ALFA 1 – ANTITRIPSINA


Pode causar doença pulmonar, além de problemas hepáticos em recém


nascidos, crianças e adultos.


5. DISPLASIA CAMPOMÉLICA


Algumas anormalidades esqueléticas e fragilidades ósseas podem estar


associadas a uma síndrome denominada displasia campomélica.


Esta é uma doença rara caracterizada por uma associação variável de


anormalidades esqueléticas como ossos abaulados, ossos frágeis, alterações


na pelve, anormalidades no peito, onze pares de costelas em vez dos doze, e


outras anomalias como dismorfologia facial, fenda palatina, alterações no


cérebro, alterações no coração e malformações renais.


6. DISTROFIA MIOTÔNICA TIPO I E II


A Distrofia Miotônica tipo 1 (DM1) é um trantorno multisistêmico que afeta o


músculo esquelético liso, incluindo o olho, coração, sistema endócrino e


sistema nervoso central. Os sintomas clínicos, que vão desde leves a severos,


têm sido classificados em 3 fenótipos: leve, clássico e congênito.


A Distrofia Miotônica Tipo 2 (DM2) é uma doença neuromuscular caracterizada


por sintomas como a miotonia (contracção muscular involuntária com


relaxamento retardado) e disfunção muscular (ex.: fraqueza muscular),


podendo também surgir menos frequentemente defeitos na condução cardíaca,


cataratas iridescentes subcapsulares posteriores (opacidade que surge no


cristalino do olho), diabetes mellitus tipo 2 e perda da função testicular, entre


outros.


7. HEMOCROMATOSE


Hemocromatose Hereditária é uma desordem multigênica relacionada ao


metabolismo do ferro. A desordem se caracteriza por uma sobrecarga


sistêmica de ferro, devido ao aumento inapropriado da absorção deste pelo


intestino. Manifestações Clínicas: O acúmulo progressivo de ferro provoca,


geralmente, dano estrutural e prejuízo funcional em articulações, pele, coração,


diversas glândulas e vários órgãos (como fígado e pâncreas), levando ao


desenvolvimento de hiperpigmentação da pele, cardiomiopatias, insuficiência


supra-renal, hipotiroidismo, hipoparatiroidismo, artrose, intolerância a lactose,


diabetes mellitus, perda de cabelo corporal, panhipopituitarismo e


hepatomegalia, com evolução para fibrose, cirrose e hepatocarcinoma.


8. HEMOFILIA A


A hemofilia A é um distúrbio hereditário da coagulação caracterizado por um


aumento do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), fácil


aparecimento de hematomas e hemorragias dentro de articulações e


músculos. Por ser uma doença de herança recessiva ligada ao X (gene


localizado em Xq28), mulheres raramente são afetadas.


9. HEMOFILIA B


A hemofilia B é uma doença com herança recessiva causada por mutação


herdada ou adquirida no gene do fator IX ou por inibição adquirida do fator IX.


O defeito resulta em geração insuficiente de trombina pelos fatores IXa e VIIIa


na via intrínseca da cascata de coagulação. Esse mecanismo, em conjunto


com o efeito do inibidor de fator tecidual, cria uma grande tendência a


sangramento espontâneo (hemorragias). Na hemofilia B grave, a hemorragia


articular espontânea é o sintoma mais frequente.


10. MUCOPOLISSACARIDOSE


As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias


causadas por erros inatos do metabolismo que determinam a diminuição da


atividade de determinadas enzimas, que atuam numa estrutura da célula


chamada lisossomo. As MPS fazem parte de um grupo chamado Doenças de


Depósito Lisossômico. As manifestações clínicas das MPS variam de acordo


com a enzima que está em falta no portador da doença.


11. NEOPLASIA ENDRÓCRINA MÚLTIPLA – MEN2


As Neoplasias Endócrinas Múltiplas Tipo 2 (MEN2) subdividem-se em 3


grupos: MEN2A, MEN2B e Carcinoma Medular da Tiroide Familiar.


- O diagnóstico clínico de MEN2A está associado à presença de dois ou mais


tumores endócrinos: carcinoma medular da tiroide (>95%), feocromocitoma


(50%), adenoma (tumor, de modo geral benigno) ou hiperplasia


(desenvolvimento anormal exagerado) da paratiroide (20-30%). Habitualmente,


na síndrome MEN2A, o carcinoma medular da tiroide desenvolve-se na idade


jovem adulta.


- À síndrome MEN2B está associado um risco para neuromas mucosos dos


lábios e língua, lábios aumentados, ganglioneuromatose do tracto


gastointestinal e características físicas da síndrome de Marfan. A presença de


feocromocitomas é observada em cerca de 50% dos indivíduos com MEN2B.


Na síndrome MEN2B, o carcinoma medular da tiróide ocorre normalmente na


infância.


- O Carcinoma Medular da Tiroide Familiar é diagnosticado em famílias com


quatro casos de carcinoma medular da tiroide na ausência de feocromocitoma


ou adenoma da paratiroide. Neste grupo, o carcinoma medular da tiroide


desenvolve-se mais tarde, entre a quarta e quinta década de vida.


12. OSTEOGÊNESE IMPERFEITA


Distúrbio hereditário do tecido conjuntivo, caracterizado por fragilidade óssea e


com manifestações clínicas muito variadas. As características clínicas da


Osteogênese Imperfeita representam uma sequência contínua, variando da


letalidade perinatal a indivíduos com deformidades esqueléticas severas;


deteriorações da mobilidade e estatura muito baixa a indivíduos quase


assintomáticos com uma leve predisposição a fraturas; estatura normal e


expectativa de vida normal. Podem ocorrer fraturas em qualquer osso, mas são


mais comuns nas extremidades. É caracterizada por dentes acinzentados ou


marrons que podem parecer transparentes e desgastados e que quebram


facilmente.


13. POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR


A polipose adenomatosa familiar (FAP) é uma doença autossômica dominante


caracterizada pelo desenvolvimento de numerosos pólipos adenomatosos e um


grande risco para o surgimento de tumores colo-retais.


14. POLIPOSE ASSOCIADA AO MUTYH


A polipose associada ao MYH é uma doença genética, com transmissão


autossômica recessiva, que se associa ao desenvolvimento de múltiplos


adenomas e carcinomas do cólon e reto.


15. SÍNDROME DE ANGELMAN E SÍNDROME DE PRADER-WILLI


A Síndrome de Angelman (AS) é caracterizada por atraso severo no


desenvolvimento ou retardo mental, debilitação severa de comunicação,


marcha atáxica, convulsões (que se iniciam com cerca de um ano e meio de


idade e costumam ser acompanhadas de febre alta) e um comportamento


único que inclui rir e sorrir com frequência e excitabilidade. Fisicamente, os


pacientes apresentam boca grande, queixo proeminente, dentes espaçados e


língua protusa.


A síndrome de Prader-Willi é uma doença genética que afeta o


desenvolvimento da criança, resultando em obesidade, estatura reduzida e


baixo tônus muscular (hipotonia). Os portadores apresentam dificuldades de


aprendizagem e problemas comportamentais, entre eles: depressão, episódios


de violência, mudanças repentinas de humor, impulsividade, agitação e


obsessões por determinadas ideias ou atividades.


16. SÍNDROMES DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ASSOCIADA À


ANOMALIA CONGÊNITA NÃO RECONHECIDA CLINICAMENTE


A Deficiência Intelectual, segundo a Associação Americana sobre Deficiência


Intelectual do Desenvolvimento, caracteriza-se por um funcionamento


intelectual inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo


menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar,


adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade,


determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho), que ocorrem antes dos


18 anos de idade.


17. SÍNDROMES DE DELEÇÕES SUBMICROSCÓPICAS RECONHECÍVEIS


CLINICAMENTE


- Os indivíduos com SWH (Síndrome Wolf-Hirschhorn) têm marcado atraso de


crescimento intra-uterino. As alterações crânio-faciais são características e


incluem microcefalia, fronte alta com glabela proeminente, hipertelorismo,


epicanto e sobrancelhas arqueadas. Estas alterações tornam-se menos


evidentes com a idade. Habitualmente, o desenvolvimento é lento, com atraso


cognitivo moderado a grave, hipotonia e convulsões. As crianças com esta


patologia podem ainda apresentar malformações esqueléticas (60 a 70%),


patologia cardíaca congénita (50%), defeitos estruturais a nível cerebral (33%)


e perda de audição (30%).


- A síndrome de Cri-du-chat - também conhecida como síndrome do grito do


gato, síndrome do miado do gato ou síndrome de Lejeune -, trata-se de uma


rara desordem genética, ocasionada por uma mutação no cromossomo 5. As


manifestações clínicas incluem: Atraso do desenvolvimento mental; baixa


estatura; queixo pequeno; dentes projetados para frente; micrognastia; choro


que lembra o miado de um gato; rosto redondo; microcefalia; hipotonia;


presença de uma única linha na palma da mão; sindactilia nas mãos e nos pés;


orelhas localizadas logo abaixo da linha das orelhas; dobra epicântica;


dificuldade para sugar e deglutir alimentos líquidos e sólidos; refluxo esofágico.


- A síndrome de Smith-Magenis, também conhecida como síndrome da deleção


17p11.2, representa uma condição na qual ocorre a deleção de parte do braço


curto do cromossomo 17.


A maior parte dos casos da desordem é esporádica, ou seja, surge devido à


ocorrência de novas mutações, sendo os progenitores normais. Contudo,


infrequentemente, os rearranjos podem ser herdados.


As manifestações clínicas desta síndrome são diversas, envolvendo feições


faciais peculiares, como rosto quadrado, olhos profundos, bochechas


avantajadas, mandíbula proeminente, nariz achatado e comissuras labiais


voltadas para baixo. Estas características faciais normalmente são menos


perceptíveis durante a infância, porém, no final da infância ou no início da fase


adulta, elas costumam ser mais marcantes.


- A síndrome de Miller-Dieker - também denominada lisencefalia ou síndrome


da deleção do cromossomo 17p13.3 -, trata-se de uma desordem genética, de


caráter autossômico dominante, caracterizada pela ausência de


circunvolunções (giros) e fissuras (sulcos) no córtex cerebral, conferindo ao


cérebro um aspecto liso. Os portadores da síndrome apresentam um cérebro


liso, desprovido de giros e sulcos. Ao invés de seis camadas, o córtex cerebral


apresenta somente quatro dessas camadas, bem como microcefalia. As


características faciais são peculiares, como afundamento das temporas, nariz


arrebitado, estrias verticais na testa, além de mandíbula pequena. Também é


observado atraso no crescimento e desenvolvimento mental e anormalidades


diversas no cérebro, coração, rins e trato gastrointestinal. Déficit de


crescimento, dificuldade de alimentação, convulsões e redução da atividade


espontânea podem estar presentes também, o que tipicamente leva à morte do


portador ainda na infância.


- A síndrome de WAGR - definida pela presença de aniridia, retardo mental,


malformações do trato genitourinário e tumor de Wilms - é uma síndrome de


genes contíguos associada à deleção (11p13), com mutações nos genes WT1


e AN2. A associação de tumor de Wilms com surgimento precoce, entre 2 e 3


anos de idade, com outras anomalias congênitas foi primeiramente descrita por


Miller et al (1964), sendo subsequentemente designada síndrome de WAGR.


18. SÍNDROME DE HIPOFOSFATASIA


Doença do metabolismo ósseo; é deficiência de fosfatase alcalina não


específica do tecido, decorrente de mutações nos genes responsáveis pela


produção dessa proteína. Geralmente, quanto menor for a idade de


diagnóstico, maior a gravidade da doença.


19. SÍNDROME DE LYNCH – CÂNCER COLORRETAL NÃO POLIPOSO


HEREDITÁRIO (HNPCC)


A síndrome de Lynch - também chamada de câncer colorretal hereditário


(transmissão autossômica dominante) não polipoide - consiste em um tipo de


câncer hereditário do trato digestivo, que acomete em especial o cólon e o reto,


representando de 3% a 5% dos casos de câncer nesses dois locais. Indivíduos


que apresentam esta síndrome possuem maiores chances de desenvolver


câncer de estômago, intestino delgado, fígado, ductos biliares, trato urinário


superior, cérebro, pele e próstata, bem como câncer no endométrio e ovários.


20. SÍNDROME DE NOONAN


A Síndrome de Noonan (SN) é caracterizada por: (1) baixa estatura; (2) defeito


cardíaco congênito; (3) pescoço amplo ou alado; (4) tórax com formato


incomum com pectus carinatum superior, pextus excavatum inferior, e mamilos


de implantação aparentemente baixa; (4) atraso desenvolvimental de grau


variável; (5) criptorquidismo; (5) e expressão facial característica. Defeitos de


coagulação variados e displasias linfáticas são observados frequentemente. A


doença cardíaca congênita ocorre em 50-80% dos indivíduos.


21. SÍNDROME DE WILLIAMS-BEUREN


A síndrome de Williams é caracterizada por: (1) doença cardiovascular, como


arteriopatia elastina, estenose pulmonar periférica, estenose aórtica


supravalvular, hipertensão; (2) fácies distintivas; (3) anormalidades do tecido


conectivo; (4) retardo mental geralmente leve; (5) perfil cognitivo específico; (6)


características únicas de personalidade; (7) anormalidade de crescimento; (8) e


anormalidades endócrinas, como hipercalcemia, hipercalciuria, hipotiroidismo e


puberdade precoce.


22. DOENCAS RELACIONADAS AO GENE FMR1 (SÍNDROME DO X


FRÁGIL, SÍNDROME DE ATAXIA/TREMOR ASSOCIADOS AO X FRÁGIL -


FXTAS E FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA - FOP)


A SXF (Síndrome do cromossomo X frágil) é a forma mais frequente de


deficiência mental herdada, afetando homens e mulheres. O comprometimento


mental dos afetados é variável. Alterações de comportamento, como


hiperatividade e déficit de atenção, também são observadas, além de sinais


identificados em transtornos do espectro autista. Algumas características


físicas tornam-se mais evidentes após a puberdade, como face alongada,


orelhas grandes e em abano, mandíbula proeminente e macroorquidia.


Mulheres portadoras de pré-mutação podem apresentar menopausa precoce,


que se caracteriza pela cessação completa dos períodos menstruais antes dos


40 anos de idade. Homens portadores de pré-mutação podem apresentar


FXTAS (síndrome do tremor/ataxia associada a X frágil), caracterizada por


ataxia cerebelar de início tardio e tremor de intenção. Este quadro se manifesta


com menor frequência entre as mulheres portadoras de pré-mutação.


 

 

 

 

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