Quem chegava em casa do Cezinha pela primeira vez, sempre ficava receioso e pedia para cuidar do cachorro, cuja imagem é o retrato da Lessie, histórica na tv mundial. Mas quando se perguntava à família se havia lembrança de alguma explosão nervosa, não era possível responder. Porque não há um episódio de agressão. "Sabe...nunca veio à minha cabeça um ato de raiva cometido pelo Bummer. Apenas vem atos de bondade e lembranças de quanto era dócil...amigo".
Olha a história do Bummer com o Cezinha, a esposa Édina, os filhos Luiz Henrique e Juliana e os pais Odete e Onofre.
Na verdade a história do Bummer conosco já começa quando ele tinha mais de 2 anos de idade, pois seu dono era um cunhado de meu irmão Odécio. Como o dono morava em Pitanga tinha o cachorro para cuidar da casa. Mas, o Bummer era um cão dócil demais e não atendia a casa, pois gostava muito de crianças. Qualquer pessoa que chegava perto já fazia amizade com ele.
Sendo assim, um cachorro grande como ele dá despesas e se não serve na cidade como cão de guarda, o jeito foi dá-lo de presente para meu irmão. Este não tinha onde deixar o cão em Telêmaco Borba, desta forma levou para o Lambari onde não teria problemas, pois o cão era muito manso e poderia ficar solto.
Todos se apaixonaram pelo Bummer à primeira vista; deixava fazer carinhos e minha filha Juliana adorava também ficar perto dele. O pai e a mãe sempre gostaram de criação e assim adotaram o cachorro.
O Bummer sempre foi uma atração em casa, pois é simplesmente a cara da Lessie, a cadela famosa da televisão, desta forma todos se encantavam com sua beleza e sua docilidade. Não nos deu problemas, não saia de casa, ficava apenas no quintal e o tempo todo tinha alguém perto de olho nele. O Bummer ficou com nossa família mais ou menos 12 anos, nunca nos deu dor de cabeça, mas creio que infelizmente nós é que falhamos com ele, pois um cão dessa raça deveria estar na cidade onde tem muitos recursos para que seja bem cuidado, e como moramos no sítio não tínhamos como estar com ele em Pet Shop ou coisa parecida. Morreu um tanto velho, mas creio que se melhor cuidado talvez durasse mais um pouco. Não digo que temos culpa, mas não há condições em nossa cidade para cuidados com um cão desses.
Foi muito bom enquanto durou! Não sei dizer que histórias poderia contar, pois o Bummer estava ali o tempo todo e sempre estávamos brincando ou falando com ele. Muito inteligente, parecia sempre que nos entendia. Acredito seriamente que quem mais sentiu sua morte foi meu pai e minha mãe que tinham mais contato diário com ele. Não caçava, não era bravo, apenas algumas vezes ia latir nos cavaleiros ou motoqueiros que passavam na estrada.
O que posso dizer é o que todos sabemos sobre esse animal: que é muito leal, amigo; que sua amizade pelo homem vai muito além do que a gente vê; que se soubéssemos ler nas entrelinhas, com certeza aprenderíamos muita coisa com essa esplêndida criatura; que o dia a dia de convivência, se for bem aproveitado, faz muito bem a qualquer um que possa desfrutar da sua companhia. Era um cão tranquilo, lindo, carinhoso e brincalhão. Morreu fazem 3 anos, deixou muitas saudades em todos; acredito que nunca será esquecido.
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É pura verdade. Antes de ir para o Lambari, hospedamos ele em nossa casa em TB e depois levamos para lá, dentro de nosso carro de passeio. Foi uma aventura. Fizemos uma festa até lá, claro, nunca esqueceremos. Abçs