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Ar seco piora alergia ocular


29-08-2011 09:09:50
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Cíclica e crônica, a alergia ocular piora nos períodos de estiagem e pode vir acompanhada de outras doenças.¥

 


A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 57 milhões de brasileiros dêem respostas exageradas aos estímulos externos, ou seja, são alérgicos. Desses, 6 em cada 10 manifestam a doença nos olhos segundo o estudo multicêntrico internacional, ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood).

Não por acaso, o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, conta que na última semana 2 em cada 10 pacientes atendidos no hospital foram diagnosticados com alergia ocular. “A estiagem aumenta a concentração de poluentes no ar e agrava a doença da mesma forma que acontece com a sinusite, asma ou rinite”, exemplifica.

O ar seco também aumenta a evaporação da camada aquosa da lágrima. Por isso, junto com a alergia pode ocorrer olho seco, inflamação da borda das pálpebras (blefarite) ou das glândulas responsáveis pela produção da camada oleosa do filme lacrimal (meibomite). E não existe cura para alergia. Os tratamentos apenas aliviam os sintomas – coceira, vermelhidão, lacrimejamento e inchaço das pálpebras.

O ISAAC mostra que no Brasil 25% dos portadores apresentam simultaneamente rinite e conjuntivite alérgica. Segundo Queiroz Neto, isso significa que para parte deste grupo os sintomas são aliviados com anti-histamínicos sistêmicos e corticóide nasal. Como algumas pessoas só respondem bem a colírios, o mais importante é evitar as recaídas.

Colírios com corticóide indicados para crises intensas de alergia aumentam o risco de contrair glaucoma e catarata. Outra ameaça, destaca, é que as recidivas podem induzir ao ceratocone, doença que afina a parte central da córnea e pode levar ao transplante. Como prevenir a alergia Queiroz Neto afirma que para prevenir o ceratocone e as crises alérgicas a primeira recomendação é evitar coçar os olhos. A fricção da superfície ocular fragiliza as fibras de colágeno e aumenta a produção de histamina que provoca a coceira.

Outras dicas do médico para impedir crises alérgicas são:

- Evite plantas, flores e animais com pelo.

- Mantenha os ambientes arejados, limpos e umidificados por uma vasilha com água.

- Substitua a vassoura por aspirador e pano úmido.

Nos casos em que o ceratocone já está instalado o tratamento pode ser feito com cross link. A técnica associa aplicação de riboflavina (vitamina B12) e ultravioleta que aumentam em 3 vezes a resistência da córnea.

Como evitar doenças simultâneas

Para evitar o olho seco a principal dica do especialista é beber pelo menos 2 litros de água/dia e usar óculos que impedem a evaporação do filme lacrimal. O tratamento medicamentoso é feito com lágrima artificial.

Tanto o comprometimento da qualidade da lágrima decorrente da meibomite como a blefarite podem ser evitados fazendo a higiene da pálpebra duas vezes ao dia com um cotonete ou gaze embebida em solução para limpeza palpebral. Queiroz Neto explica que a blefarite pode originar o terçol, uma infecção provocada pelo excesso de oleosidade na borda da pálpebra, falta de higiene ou alergia. O tratamento do terçol é feito com aplicação de compressas de água quente, várias vezes ao dia.

Em alguns casos também é indicado colírio antiinflamatório. Estes cuidados evitam que se transforme em calázio, um cisto que pode exigir cirurgia para ser retirado. O médico explica que o calázio também pode surgir por conta da meibomite que obstrui o canal lacrimal.

Diz que as doenças desencadeadas pela alergia atingem todas as faixas etárias, mas têm maior prevalência entre mulheres. Em qualquer irritação ocular alerta para interromper o uso de maquiagem e lente de contato.

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

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