Molécula é secretada por neurônios motores. Ajuda fortalecer as conexões neuromusculares e possibilita a cura de algumas doenças degenerativas do sistema nervoso. Foi o que garantiu Juan Pablo Henríquez, da Universidad de Concepción.
Segundo o especialista, um estudo do qual participou, constatou que a molécula Wnt3 auxilia outra estrutura, chamada agrina. Função da agrina é coordenar as conexões entre neurônios e músculos, permitir o movimento coordenado do esqueleto.
As falhas nas conexões neuromusculares causam doenças neurodegenerativas como esclerose lateral amiotrófica (ELA). É a mesma que acomete o cientista britânico Stephen Hawking. Mas também provocam paralisias ocasionadas por traumatismos na medula espinhal.
Pesquisadores que fizeram a descoberta concluíram que doenças desse tipo podem ser curadas. Isso é possível se no corpo dos portadores, for implantada ou fortalecida a molécula Wnt3, que reabilitaria as conexões neuromusculares que permitem movimento.
"Atualmente, estamos pesquisando como o músculo e os neurônios processam a informação que lhe fornece a molécula Wnt3". Assim explicou Henríquez.
Um ponto essencial no estudo é conhecer como o organismo arma as conexões do sistema nervoso. Essa fase se dá durante o desenvolvimento fetal e é considerada determinante, já que para alcançar a cura é preciso restabelecer as conexões neuromusculares dos doentes.
"Na medida que formos aprendendo como a natureza armou as conexões do sistema nervoso, melhor capacitados estaremos para repará-las quando falharem".
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