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Voo de balão no Brasil tem regras e exigências da ANAC

Voo de balão no Brasil tem regras e exigências da ANAC
[foto] - Voo de balão tem agora um regulamento com exigências da ANAC

31-10-2025 20:49:43
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Ganhou nova regulamentação o aerodesporto no Brasil, que inclui a operação de requisitos mínimos e processo de transição para prática de voos comerciais com balão, de forma segura. Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), passou a fazer exigências para o uso de balões livres tripulados e regras simplificadas para a exploração de serviços aéreos no balonismo. Medidas começam valer em dezembro de 2025 e serão analisadas pelas partes, visando aperfeiçoammento.

 


Agência aprovou a proposta da Emenda 2 ao Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 103, que trata da regulamentação do aerodesporto no Brasil. A íntegra está no Diário Oficial da União (DOU).

A decisão da Diretoria Colegiada da Agência faz parte de um processo regulatório a ser implementado em três fases. A primeira, que entrará em vigor em dezembro de 2025, valerá por um ano e estabelece critérios mínimos para a realização da atividade de forma segura. Entre as definições estão os tipos de balões que serão aceitos, a qualificação exigida dos pilotos e os procedimentos para os operadores. 

Requisitos para os balões


Nesta primeira etapa, operadores poderão utilizar os seguintes tipos de balões, para atividades comerciais:

  1. certificados;
  2. não certificados, mas que tenham certificado de autorização de voo experimental (CAVE) válido;
  3. cadastrados como equipamentos de aerodesporto conforme exigências do RBAC n° 103.

No caso de balões não certificados, devem cumprir uma série de exigências, como passar por avaliação de engenheiro aeronáutico ou mecânico, portador de atribuição aeronáutica registrada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Profissional vai atestar a segurança do equipamento por meio da emissão de um laudo técnico.

Na primeira fase, os balões não certificados

poderão transportar no máximo 15 pessoas a

bordo e ter envelope limitado a 10 mil m3 de volume.  

Também está definido que todos os balões, sejam certificados ou não, deverão possuir um conjunto de equipamentos para a operação segura, incluindo altímetro, indicador de quantidade de combustível (gás), equipamentos de comunicação e navegação, alças de apoio no cesto para cada passageiro, sistema de desinflagem rápida, extintor, dentre outros. 

Além disso, todos os balões deverão ter o seguro de responsabilidade civil do explorador ou transportador aéreo (RETA), conforme previsto no Código Brasileiro de Aeronáutica.

Requisitos para os pilotos


Novas regras determinam que o piloto de balão deverá exercer a atividade com uma Licença de Piloto de Balão Livre (PBL) válida, conforme previsto no RBAC nº 61. Caso ainda não conte com essa habilitação, o profissional poderá solicitar uma autorização excepcional da ANAC, cuja emissão vai exigir que o profissional apresente um Certificado Médico Aeronáutico (CMA) de 2ª Classe, além de aprovação em exames teórico e de proficiência específico. Para isso, será dado prazo de 60 dias – a partir da vigência da nova resolução – para que o piloto consiga a autorização excepcional.

Requisitos para os operadores


As empresas responsáveis pela operação do balão devem atender a um conjunto de critérios, como realizar um cadastro na ANAC.  Também será necessário seguir procedimentos para elaborar o plano de voo com base em informações meteorológicas oficiais, ter reserva adequada de combustível para o voo e seguir parâmetros para a operação, em áreas não cadastradas. 

Os operadores também deverão orientar os passageiros quanto à decolagem e ao pouso, realizar e documentar uma análise de risco antes de cada voo e providenciar as manutenções dos equipamentos em entidades qualificadas, formalizando os registros dos serviços executados.

Outro dever dos operadores é o de informar aos passageiros, de maneira clara e direta, sobre a situação do equipamento que será utilizado no voo (qual o tipo de certificação ou registro) e a habilitação do piloto (se tem licença PBL ou autorização excepcional). Essas informações deverão estar em materiais e plataformas de divulgação do serviço oferecidas quem pretenda contratar os voos.  

Parceria com prefeituras


As novas regras preveem a participação do poder público local no acompanhamento e monitoramento dos voos de balão. A medida exige que as prefeituras das cidades onde o balonismo é exercido, se cadastrem na ANAC para informar as áreas autorizadas para a decolagem dos balões, bem como alinhamento das ações de apoio à fiscalização da Agência, informando as eventuais irregularidades identificadas. Também está prevista a estruturação de centros de informações meteorológicas quando houver mais de 15 balões operando na localidade.

Esses encaminhamentos são resultado da participação ativa das prefeituras onde balonismo é exercido no Brasil, o que possibilitou a criação de um processo gradual, com o objetivo de fortalecer a atividade do balonismo no País.

Próximas etapas


A primeira etapa das novas regras abre um período de transição, com o objetivo de preparar o balonismo para um ambiente moderno e seguro para essa atividade. Regulamentação começa a valer em dezembro de 2025 e, após 60 dias, a Agência fará uma audiência pública para coletar sugestões para a regulamentação das próximas duas etapas. 

A estimativa da ANAC é que toda a transição regulatória seja finalizada em 2028, quando estarão em vigor regras definitivas e permanentes para o balonismo comercial no Brasil. Essa estratégia prevê uma intensificação progressiva do nível de exigência aos operadores, para atingir a normatização completamente adequada ao setor, alinhada aos padrões internacionais. Expectativa é que permita o exercício de uma atividade relevante e que impulsione o desenvolvimento econômico, turístico e social em diversos municípios brasileiros.

 

 

Fonte: ANAC, Assessoria de Coimuinicação
 

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