Diz o Tesouro que mesmo com a alta, a DPF continua abaixo do previsto. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no início de fevereiro, o estoque da DPF deve encerrar o ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.
As emissões da Dívida Pública Federal em agosto corresponderam a R$ 175,69 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 39,05 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 136,64 bilhões - sendo R$ 136,94 bilhões referentes à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e R$ 300 milhões ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa (DPFe).
As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 175,56 bilhões, dos quais R$ 89,23 bilhões em títulos com remuneração prefixada; R$ 59,46 bilhões em títulos atrelados à taxa flutuante e R$ 26,82 bilhões em títulos indexados a índice de preços.
Emissões e tesouro SELIC
Desse total, foram emitidos R$ 164,49 bilhões nos leilões tradicionais, R$ 6,39 bilhões relativos às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto e R$ 4,69 bilhões relativos às emissões diretas.
No mês de agosto, as emissões da DPFe totalizaram R$ 131,59 milhões, referentes aos desembolsos da dívida contratual. Os pagamentos dos fluxos de amortização e de juros da DPFe no período totalizaram R$ 435,93 milhões.
Em relação às emissões do Tesouro Direto, em agosto atingiram R$ 6,38 bilhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 3,454 bilhões. Com isso, a emissão líquida foi de R$ 2,93 bilhões. O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que respondeu por 53,13% do montante vendido. O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 190,2 bilhões, o que representa um aumento de 2,40% em relação ao mês anterior. O título com maior representação no estoque é o Tesouro Selic, que corresponde a 36,50% do total.
Em relação ao PAF, o Tesouro informou uma atualização, passando para uma variação no intervalo de R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões.
Segundo o coordenador-geral substituto de Controle e Pagamento da Dívida Pública, Daniel Mario Alves de Paula, a alteração acontece em um cenário de mudança de percepção dos agentes, refletindo um movimento positivo e um ambiente mais saudável de emissão.
“Essa alteração reflete um ambiente muito mais saudável de emissão no ano, o que permitiu ao tesouro conseguir recompor de forma saudável o colchão de liquidez.”
Segundo Alves de Paula, a alteração no PAF para este ano, não significa necessariamente que o Tesouro está querendo chegar ao ponto máximo da banda.
“A gente colocou uma banda confortável para que não fure nem para cima nem para baixo.”
Déficit nas contas públicas
Ainda no último dia de setembro, o Governo informou que as contas públicas fecharam o mês de agosto com saldo negativo, com déficit em todas as esferas de governo. O setor público consolidado – formado por União, estados, municípios e empresas estatais – registrou déficit primário de R$ 17,255 bilhões no mês passado.
Fonte: Tesouro Nacional
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