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SUS faz 60% de todos os exames de imagem no Brasil

SUS faz 60% de todos os exames de imagem no Brasil
[foto] - SUS faz 60% dos exames de imagem no Brasil. Foto Agência Brasil, Tomaz Silva

23-09-2025 06:06:02
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Com a realização de 101 milhões de procedimentos, o Sistema Único de Saúde, SUS, realizou 60% de todos exames de imagem. Análise do Atlas da Radiologia no Brasil 2025, elaborado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, é feita sobre 160,4 milhões de pessoas atendidas pelo sistema público e 51,2 milhões assinantes de planos de saúde. Estes são os tipos de exames: raio-x (exceto odontológico), mamografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

 


Em 2023, a cada 1 mil usuários do SUS, foram realizados cerca de 634,41 exames e, de 1.323 procedimentos custeados pelos planos para cada grupo de 1 mil beneficiários.

Com números do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Atlas calculou a razão entre os exames realizados em cada situação e a quantidade de usuários, o que chamou de densidade. Além disso, criou um Indicador de Desigualdade Público/Privado (IDPP).

Desigualdade menor

Comparação anual mostra que a densidade no SUS aumentou e o IDPP caiu desde 2014 em quatro exames: raio-x, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Já no caso das mamografias, o movimento foi inverso entre 2014 e 2020. Nos anos seguintes, a desigualdade caiu, mas continuou maior em 2023 (3,54) do que em 2014 (3,23).

Isso significa que os usuários dos planos realizaram 3,54 vezes mais mamografias do que os do SUS. O exame é essencial para o diagnóstico do câncer de mama e deve ser realizado, inclusive, para o rastreamento da doença, mesmo quando não há sintomas.

No entanto, há divergência sobre a periodicidade recomendada. O Ministério da Saúde preconiza um exame a cada dois anos, para todas as mulheres entre 50 e 69 anos. Já o rol obrigatório da ANS garante às usuárias dos planos a mamografia de rastreio a partir dos 40 anos.

O menor IDPP, ou seja, a menor diferença entre o SUS e os planos de saúde, é encontrado no raio-x: 1,36. Já a maior desigualdade está na ressonância magnética: o exame foi realizado 13,13 vezes mais entre os beneficiários dos planos do que entre os usuários de serviços públicos.

O Atlas, no entanto, mostra que a densidade de ressonâncias no serviço público mais do que dobrou entre 2014 e 2023, saindo de 6,07 exames a cada 1 mil pessoas, para 13,80, o que fez o IDPP cair 30% no período.

Disponibilidade dos exames

O Atlas da Radiologia no Brasil 2025 também traz informações sobre a disponibilidade dos aparelhos necessários para realizar os exames e aponta significativas diferenças regionais e conforme a complexidade.

Considerando todo o sistema de saúde, público e privado, o país tem quase 27 aparelhos de ultrassom e 16 de raio-x a cada 100 mil habitantes. Por outro lado, há apenas 3,38 tomógrafos, 3,21 mamógrafos e 1,69 equipamentos de ressonância.

A quantidade absoluta de aparelhos disponíveis é maior na Região Sudeste em todos os cinco casos, mas a densidade, ou seja, quantos aparelhos há para cada 100 mil pessoas, é maior no Centro-Oeste em quatro, à exceção dos equipamentos de raio-x.

Na outra ponta, os moradores do Nordeste têm

menos acesso a tomógrafos e há apenas 1,1

equipamento de ressonância a cada 100 mil habitantes.

A Região Norte é a menos abastecida do país em ultrassons, mamógrafos e aparelhos de raio-x. No Acre, há apenas 7 mamógrafos para atender a rede SUS, perfazendo uma densidade de menos de 1 aparelho para cada 100 mil usuários. Já a densidade na rede privada é de 35 aparelhos por 100 mil. A proporção de aparelhos por usuário é ainda menor no caso dos equipamentos de ressonância: 0,60.

O estudo do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem também calculou o Indicador de Desigualdade Público/Privado da oferta de equipamentos. Considerando a média brasileira, novamente ele é menor no caso do raio-x, 2,34, mas a maior diferença foi encontrada na presença dos aparelhos de ultrassom: há 3,74 vezes mais nos serviços privados cobertos pelos planos de saúde do que no SUS.

 

 

Fonte: Ministéerio da Saúde e Agência Brasil
 

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