A despeito do crescimento sustentável e tecnológico da agropecuária, o vice-presidente da CNA, Mário Borba, em nome do presidente João Martins, disse que o sistema padece de “um problema sério que é a logística” onde há "falta de integração."
Do Seminário que é copatrocinado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), participam dirigentes e técnicos de federações de agricultura e pecuária e especialistas em transporte ferroviário.
Posição da CNA mostra perigo de enfraquecimento do agronegócio.
"A nossa malha ferroviária é insuficiente e mal distribuída.
Faltam conexões com as novas áreas agrícolas.
Sem transporte eficiente, perdemos força. Sem
planejamento, perdemos tempo. Sem integração, perdemos mercado."
Para o vice-presidente da CNA, é necessário expandir a malha ferroviária, garantir o acesso do campo ao serviço e, acima de tudo, dar voz aos usuários, aos donos da carga.
Produtores “precisam participar do planejamento, da regulação e da fiscalização das concessões ferroviárias porque somos nós, os donos das cargas, que sentimos no dia a dia os impactos de tanta falta de tecnologia".
Para Mário Borba, o seminário é importante para discutir caminhos e soluções desses gargalos. “Vamos mostrar que o Brasil tem condições de crescer com mais competitividade e gerar mais oportunidades para setor.”
Abertura -
Representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tiago Barros definiu o debate como “importante” para o setor produtivo, em especial, às cooperativas que são diretamente interessadas na pauta.
Flávio Andreo, presidente do Conselho da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (ACEBRA), afirmou que o agronegócio é o "motor da economia do Brasil" e a logística é hoje um dos fatores que mais limita e tira a capacidade competitiva do setor. Acredita que o evento em Brasília, trará maior segurança jurídica ao agro e permitirá novos investimentos, além de destravar a pauta do setor.
Na avaliação do presidente do Conselho Diretor da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (ANUT), Júlio César Ribeiro, apesar de ter evoluído ao longo dos anos, ainda existem muitos desafios que precisam ser vencidos na logística ferroviária.
Participantes da abertura do seminário.
André Nassar, presidente executivo da ABIOVE espera dos debates, resultados que levem à melhoria das questões logísticas e ferroviárias do País.
Guilherme Sampaio, diretor-geral da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT),
anunciou que a Agência está fazendo uma reforma regulatória no transporte ferroviário.
Garantiu qaue vai retomar diversas obras, como a ferrovia Transnordestina, Ferrovia
de Integração Centro-Oeste (FICO) e a Ferrogrão. Indicou que a instituição regulatória
está atenta à necessidade de integração dos modais de transporte e aos pleitos dos usuários.
Políticos falam de projetos de lei
Ainda na abertura, o senador Weverton Rocha (PDT/Maranhão - MA), falou sobre o projeto de lei que assina (PL 4158/2024) para alterar a lei 10.233/01 e mudar algumas atribuições da ANTT sobre transporte ferroviário.
De acordo com o Senador, a proposta pretende abrir o debate para aperfeiçoar a política logística no País. Opina que o Brasil tem tudo para ser um celeiro de oportunidades, mas é necessário ter vontade política para que “esse passo importante” seja dado.
Deputado federal Alexandre Guimarães (MDB/Tocantins - TO), autor do PL 3345/2025 que também pede alteração na lei 10.233, reforçou a importância do debate legislativo para que possam evoluir nas propostas.
Esperao Parlamentar que a discussão, seja no Congresso ou em eventos como o promovido pela CNA e pela ABIOVE, contribui para assegurar a oferta mínima da capacidade ao transporte ferroviário, melhorar a malha viária e proporcionar igualdade aos usuários.
Fonte: CNA
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