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Milho do Brasil reconhecido como matéria prima para combustível de aviação

Milho do Brasil reconhecido como matéria prima para combustível de aviação
[foto] - Milho do Brasil é aceito para a produção de combustível de aviação. Foto CNA, Wenderson Araujo

04-07-2025 17:43:18
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Milho safrinha do Brasil foi reconhecido como matéria prima de combustível sustentável de aviação pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Decisão do organismo mundial atende recomendações técnicas da EMBRAPA, Unicamp e Fundação Getulio Vargas (FGV); além de representantes dos ministérios de Minas e Energia. Por extensão compeendeu-se a prática agrícola d e múltiplas culturas para aumento de produtividade sem comp´rometer o meio ambiente.

 


Veja como a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), explica a conquista que valoriza a pesquisa e a tecnologia brasileira.

Atuação técnica brasileira, coordenada pela ABAC, conquistou o reconhecimento internacional da produção de milho de segunda safra no Brasil para produção de combustível sustentável de aviação

A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) aprovou a recomendação técnica sobre combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF, na sigla em inglês), em resposta à demanda proposta pelo Brasil para desenvolver o mercado de SAF e contribuir para a redução das emissões de carbono do setor aéreo. 

A decisão, tomada pelo Conselho da OACI após a 13ª Reunião do Comitê de Proteção Ambiental da Aviação (Caep), reconhece a prática agrícola de múltiplas culturas, que consiste no aumento de produtividade de matéria-prima para o SAF sem a necessidade de expansão da área plantada ou conversão do uso da terra. Estabelece ainda um marco importante para a produção certificada que seja capaz de atender a demanda por combustíveis de nova geração para o transporte aéreo de maneira segura, eficiente e sustentável. 

Na prática, a aprovação pela Oaci, agência especializada das Nações Unidas para promoção do desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil mundial, reconhece que países com clima favorável e acesso a práticas agrícolas sustentáveis podem fornecer matérias-primas para a produção de SAF. Com isso, há menor pressão pela conversão de uso da terra e redução do risco à segurança alimentar, uma vez que duas ou mais safras na mesma área podem atender a diversas demandas, gerando benefícios socioambientais com produção em volume suficiente para atender à demanda global. 

O Brasil, referência mundial nessa tecnologia inovadora, e outros países em desenvolvimento terão a oportunidade de participar da transição energética sustentável de forma justa e inclusiva, com geração de emprego e renda para as populações, por meio do fornecimento de matéria-prima certificada para a produção de um combustível renovável, capaz de reduzir substancialmente as emissões de carbono e que pode ser usado pelas aeronaves atuais, sem necessidades de adaptações ou modificações. 

A atuação técnica da ANAC no Comitê de Proteção Ambiental, que culminou com a aprovação da metodologia pela Oaci, teve o apoio de diversos especialistas e pesquisadores brasileiros, incluindo instituições como Embrapa, Unicamp e Fundação Getulio Vargas (FGV); além de representantes dos ministérios de Minas e Energia e das Relações Exteriores, entre outros. 

Intensidade de carbono 


Juntamente com a metodologia de múltiplas culturas, o Conselho da Comitê de Proteção Ambiental também aprovou os valores de intensidade de carbono para a rota de produção de SAF a partir do milho de segunda safra do Brasil, conhecido como milho-safrinha.  

Com esse marco, o Brasil, que conta com disponibilidade de matérias-primas, tecnologias e ampla experiência na produção de biocombustíveis, tem potencial de se tornar líder global nesse novo mercado. Um dos exemplos é a tecnologia conhecida como Ethanol-to-Jet, capaz de converter o etanol em SAF e utilizá-lo nas aeronaves e estruturas de abastecimento atuais, sem necessidade de adaptações. 

Esse cenário e outras iniciativas desenvolvidas pela ANAC fazem parte da  Conexão SAF, um projeto para mobilizar atores públicos e privados, universidades e centros de pesquisa com o objetivo de identificar desafios, oportunidades e propor soluções para atingir a meta de descarbonização da aviação.

 

 

Fonte: ANAC, Assessoria de Imprensa
 

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