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Prevenir diabetes ajuda manter a saúde dos olhos. Médico faz recomendações.

Prevenir diabetes ajuda manter a saúde dos olhos. Médico faz recomendações.

02-05-2025 12:05:23
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Brasil tem 16,6 milhões de diabéticos e ocupa a sexta posição mundial de portadores da doença segundo dados da IDF (International Diabetes Federation). Diabetes é a quinta maior causa de morte no País e cresce geometricamente há 25 anos. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) estar acima do peso e não praticar exercícios são fatores de risco à doença que também afeta os olhos.

 


Enfatiza o médico que estar acima do peso e o sedentarismo, são os principais fatores de risco que impulsionam o diabetes, condição que está associada ao desenvolvimento de graves doenças nos olhos.

Mas há uma boa notícia, tratando-se de cuidados, pois em maio começa a ser comercializado no Brasil o Mounjaro (tirzepatida); injeção subcutânea que controla o diabetes. Como o Ozempic (semaglutida), o tratamento exige aplicação semanal.

Queiroz Neto afirma que a  diferença entre os dois medicamentos, além do princípio ativo, é a eficácia. Isso porque, embora ambos sejam moléculas sintéticas que se ligam e ativam receptores das células gástricas,  uma única molécula do Mounjaro ativa dois receptores -  o GIP e o  GLP-1, enquanto o  Ozempic só ativa o GLP-1. O único problema é que o medicamento também causa maior desconforto gástrico.

Sintomas

O oftalmologista afirma que não é comum sentir alteração na visão no início do diabetes. Os sintomas mais comuns do diabetes são: sede excessiva, micção frequente, perda de peso e fadiga, mas não acontece com todos. Por isso, quem tem casos na família deve passar por check-up clínico periodicamente. Um simples hemograma pode evitar graves complicações na visão, alterações cardiovasculares, lesões nos nervos, perda de sensibilidade periférica.

Retinopatia diabética

Queiroz Neto salienta que não basta um bom controle glicêmico para o diabético seguir enxergando; depende também de quanto tempo convive com a doença. Depois de 5 anos, pode surgir edema na mácula (porção central da retina), formação de neovasos no fundo do olho ou depósitos de sorbitol, uma substância que favorece o extravasamento de liquido dos vasos e leva à cegueira. O tratamento deve ser contínuo, inclui aplicação de laser, injeções antiangiogênicas e cirurgia, em casos de hemorragia ou descolamento da retina.

Catarata antecipada

O especialista esclarece que a repetida hidratação e desidratação do cristalino, altera as fibras, antecipando a formação da catarata, opacificação do cristalino que responde por 49% dos casos de cegueira tratável no Brasil.

O único tratamento é a cirurgia em que o cristalino opaco é substituído por uma lente intraocular. "No caso de diabéticos quanto antes o procedimento é feito, melhor", afirma. Isso porque, a catarata diminui a quantidade de luz azul que chega à retina e a produção de melatonina, hormônio que regula nosso estado de alerta e sono.

Resultado: diabéticos que convivem muito tempo com a catarata, ficam estressados pelas noites mal dormidas, ganham peso e maior resistência à insulina.

Aumento da miopia

Queiroz Neto explica que quanto mais alta a glicemia, maior a viscosidade do sangue que provoca miopia. "A viscosidade do sangue geralmente aumenta depois das refeições quando o nível de glicose sobe." Nas mulheres, os estrogênios podem fazer a absorção de água, porque o cristalino é maior e isso leva ao aumento da miopia.

Períodos prolongados de jejum fazem o cristalino desidratar e a miopia desaparece. Por isso, antes de prescrever óculos, o oftalmologista verifica se o índice glicêmico está controlado. A dica do médico para manter a estabilidade da refração e glicemia, é se alimentar a cada 3 horas, dando preferência aos grãos integrais, verduras e frutas em pequena quantidade.

Glaucoma secundário

Queiroz Neto afirma que a retinopatia diabética pode ter como reação secundária o glaucoma. Neste caso é  caracterizado pela formação de neovasos, menor irrigação sanguínea, inflamações oculares. A dificuldade de escoamento do humor aquoso, causa aumento da pressão intraocular e morte de células do nervo óptico.

Ressalta o especialista que o glaucoma renovascular tem evolução rápida e o campo visual perdido é irrecuperável. Por isso, é importante que toda pessoa diabética faça exames oftalmológicos anualmente. As alterações oculares que podem cegar, geralmente aparecem após 10 anos, mas o tratamento contínuo pode manter a visão até o fim da vida.

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP, Eutrópia Turazzi
 

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