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Rio capital mundial do livro, à procura de novos leitores

Rio capital mundial do livro, à procura de novos leitores
[foto] - Leitores e bibliotecas faltam no Brasil. Ações não são atraentes. Foto Agência Brasil

23-04-2025 15:37:33
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Novas políticas públicas destinadas a incentivar a leitura, é o que pode resultar do gesto da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em declarar o Rio de Janeiro, Capital Mundial do Livro. E já no Dia Mundial do Livro, 23 de abril, Jeanne Barseghian, prefeita de Estrasburgo entregou o título ao prefeito Eduardo Paes. Anunciou a Bienal do Livro, de 13 a 22 de junho e um evento especial do Prêmio Jabuti, de Literatura; e, prometeu mais no ano.

 


Desde 1995, o dia 23 de abril também marca o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais. No Rio de Janeiro, a data é comemorada na Casa FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), em Botafogo, com o evento gratuito O Rio em verso e prosa, que oferece atividades literárias para todas as idades.

A programação da Casa FIRJAN inclui contações de histórias, intervenções artístico-literárias, apresentação teatral e outras vivências que convidam o público a refletir sobre a literatura como caminho para o conhecimento, a cultura e a construção da identidade.

Também há o lançamento do livro Falando sério sobre adolescência, de Thalita Rebouças e Renato Caminha, com sessão de autógrafos. E, no fim da tarde, uma mesa literária com dois vencedores do Prêmio Jabuti: Raphael Montes, autor da novela Beleza Fatal, e Fabrício Carpinejar, com mais de 1 milhão de livros vendidos.

A programação inclui ainda atividades em bibliotecas municipais, exposições em museus, cafés literários, saraus, ações em livrarias e feiras literárias e intervenções culturais nos principais terminais de transporte público da cidade.

A Secretaria de Cultura anunciou que beneficiará 50 mil pessoas com políticas nacionais de fomento à cultura. Entre as ações, estão os projetos Noite com Livros; o Book Parade Rio 2025; o Rio de Livros e a Academia Editorial Jr.

Formando leitores

O título dado ao Rio de Janeiro é uma oportunidade para repensar os programas de leitura e de acesso aos livros em todo o país. A 6?ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em 2024, mostra que houve uma redução de 6,7 milhões de leitores no país. 

Levantamento realizado pelo Instituto Pró-Livro também

indicou que a proporção de não leitores foi maior do que

a de leitores pela primeira vez na série histórica.

Nos três meses anteriores à pesquisa, 53% das pessoas não leram nem parte de um livro, seja impresso ou digital, de qualquer gênero, incluindo livros didáticos e religiosos. Considerando apenas livros inteiros lidos no mesmo período, o percentual foi de 27%.

A pesquisa foi feita em 208 municípios. A maioria dos leitores corresponde ao gênero feminino (50,4%), sendo a faixa etária de 11 anos a 13 anos a que mais lê (81%). A Região Sul apresentou a maior proporção de leitores (53%). Em seguida, surgem as regiões Norte (48%), Centro-Oeste (47%), Sudeste (46%) e Nordeste (43%).

Outra questão a ser considerada é o preço dos livros e a capacidade de compra dos consumidores brasileiros. O 9º Painel de Varejo de Livros no Brasil, produzido pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), mostrou que o preço médio do livro no país subiu 12,20%, atingindo R$ 51,48.

Outra pesquisa, da Câmara Brasileira do Livro (CBL),

reforça os dados do Snel. No último balanço, apenas

16% da população brasileira acima de 18 anos de idade

diz ter comprado ao menos um livro nos últimos 12 meses.

 

 

Fonte: CBL, Prefeitura do Rio de Janeiro
 

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