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Governo quer isentar de imposto de renda quem tem problema de saúde

Governo quer isentar de imposto de renda quem tem problema de saúde
[foto] - Receita Federal só vai aplicar descontos a partir de 2026

28-11-2024 21:46:20
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Quem ganha até 20 mil por mês e tem gastos com problemas de saúde, poderá pedir isenção do imposto de renda. Essa é a intenção do Governo manifestada na proposta que fez ao Congresso Nacional dentro da reforma do Imposto de Renda. Esse assunto, motivo de muitos "projetos" é mais uma a estimular a esperança dos contribuintes que há anos aspiram por justiça. Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, confirmou o pedido quando esclareceu detalhes do corte de gastos públicos (241128).

 


 

Ministro Haddad esclareceu que está mantida a dedução de 100% de gastos médicos da declaração do Imposto de Renda.

“Tem algumas distorções que estamos corrigindo com relação à saúde. Gastos com saúde continuarão dedutíveis na sua integralidade. Mas a isenção do IR por razões de saúde vai estar limitada a quem ganha até R$ 20 mil por mês”, disse o ministro em entrevista coletiva para explicar as medidas anunciadas (241128).

Segundo Haddad, além da elevação de impostos para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, a restrição à isenção do Imposto de Renda para quem tem problemas de saúde chegará aos R$ 35 bilhões necessários para bancar a elevação da faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

Haddad afirmou que a segunda fase da reforma tributária, que trata da renda, não deve ser confundida com o pacote de corte de gastos. O ministro esclareceu que as mudanças no IR serão discutidas ao longo de 2025 para entrarem em vigor a partir de 2026.

“A reforma da renda vai valer a partir de 1º de janeiro de 2026, assim como a [reforma tributária] do consumo. Entendemos que ela pode tramitar no ano que vem, que está com agenda legislativa mais leve e não é ano eleitoral. É um ano tranquilo”, explicou. Haddad também criticou estimativas do mercado financeiro que apontavam que a renúncia fiscal seria de R$ 70 bilhões com a elevação da faixa de isenção.

Assim como no pronunciamento em cadeia de rádio e televisão na quarta-feira, o Ministro reiterou que as mudanças no Imposto de Renda terão impacto neutro na arrecadação do Governo. “A reforma tributária não visa nem aumentar nem diminuir a arrecadação. Esse princípio foi respeitado pelo Congresso Nacional em relação ao consumo. E ontem deixamos claro que esse princípio também terá de ser respeitado na reforma da renda”, afirmou Haddad.

Em relação à elevação da faixa de isenção, Haddad explicou que o governo não corrigirá a tabela inteira do Imposto de Renda. Explica que a a Receita Federal aplicará uma faixa de desconto, semelhante à adotada atualmente, para criar uma gradualidade que não puna excessivamente quem ganhe a partir de R$ 5.001.

Atualmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para quem recebe até R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, há um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria incidir o imposto. Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de isenção e dois salários mínimos.

 

 

Fonte: Ministério da Fazenda
 

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