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Mulher tem medida protetiva enquanto estiver em risco, decide Tribunal

Mulher tem medida protetiva enquanto estiver em risco, decide Tribunal
[foto] - Vítima de violência, mulher se beneficia de medida protetiva por tempo indeterminado. Foto AgBr

13-11-2024 19:58:36
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Enquanto estiver em risco de sofrer violência, a mulher brasileira tem medida protetiva do sistema judiciário. Em resumo é isso que decidiu o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O benefício faz parte da Lei Maria da Penha que tinha a lacuna, mas ao contestar decisão de juiz primário em Minas Gerais, o Ministério Público promoveu recurso agora vitorioso. Assim a mulher ofendida passa ter atenção máxima da Justiça, por tempo indeterminado.

 


STJ decidiu (241113) que as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha têm prazo de validade indeterminado. O entendimento permite que as restrições impostas contra agressores sejam mantidas pelo período em que a vítima estiver sob risco.

A questão foi decidida pela Terceira Seção do STJ durante o julgamento de um recurso no qual o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contestou a decisão de um juiz que fixou prazo de 90 dias para medidas protetivas contra um agressor.  O magistrado também entendeu que a medida deveria ser reavaliada no mesmo prazo.

Vitorioso foi o voto do relator, ministro Rogério Schietti. Para o ministro, a revogação de uma medida protetiva pode representar um feminicídio. Schietti também citou uma pesquisa do Ministério Público de São Paulo sobre a importância das medidas protetivas. "Em 97% dos casos de violência contra a mulher em que houve a concessão de medidas protetivas, evitou-se o feminicídio. A conclusão da pesquisa foi a de que o feminicídio é uma morte evitável."

De acordo com a organização Me Too, o Brasil registrou números alarmantes

de violência contra a mulher em 2023. Conforme dados dos Fórum Brasileiro de

Segurança Pública, 3,9 mil mulheres foram assassinadas. Houve 2,7 mil tentativas de feminicídio.

 

 

Fonte: STJ
 

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