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Nova tecnologia EMBRAPA recupera pastagens para produção agrícola

Nova tecnologia EMBRAPA recupera pastagens para produção agrícola
[foto] - Pastagens degradadas podem voltar a produzir, com múltiplos benefícios

12-11-2024 11:56:30
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Já está à disposição na EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, tecnologia que permite recuperar pastagens degradas recuperando o potencial produtivo, por meio do sorgo gigante. Desenvolvido com a Latina Seeds, o Sistema Diamanatino é baseado na introdução de espécies forrageiras, como o Sorgo biomassa (Sorgão Gigante da Latina Seeds), Braquiária (capim Marandu) e Panicum (capim BRS Zuri), cultivadas de modo consorciado. No lançamento (241112) em Brasília, dados foram validados.

 


Produtores e técnicos interessados

já tem acesso à tecnologia, pelo 

canal do Youtube da Embrapa, neste link

Sistema Diamantino permite ao pecuarista otimizar seus resultados, uma vez que a produção de forragem para silagem, poder ser utilizada na propriedade ou comercializada. Esta silagem, com alto valor proteico estará disponível no período de estiagem, época em que há pouco pasto disponível, demandando soluções inovadoras para a nutrição animal. O sistema também pode ser utilizado sem a necessidade de conversão para lavoura ou ampliação de área e como contribui com a produção de alimentos para o gado, ajuda a cobrir os custos da renovação da pastagem.

Em pastos degradados

A pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste, Marciana Retore, fala que “o diferencial do Sistema Diamantino está na grande produção de volumoso para o período da seca, conjugado com a renovação da pastagem. A expectativa é de que seja adotado em áreas de pastos degradados, tornando-os novamente produtivos, permitindo intensificar a produção pecuária”.

O Engenheiro Agrônomo e analista da Embrapa, Gessí Ceccon conta que o Sistema Diamantino deve ser implantado no início do período chuvoso. A produção de silagem deve ser realizada quando as plantas estiverem com aproximadamente 30% de massa seca. Esses valores podem ser obtidos de 120 a 130 dias após o plantio, dependendo da região e do clima. Posteriormente, em um intervalo de mais 50 a 60 dias, o pasto estará renovado para pastejo, justamente durante o período da estiagem.

A pesquisa originou uma Circular Técnica, intitulada “Sistema Diamantino para produção de silagem e renovação de pastagem”, de autoria de: Marciana Retore, Gessí Ceccon e Rodrigo Arroyo Garcia (da Embrapa Agropecuária Oeste) e de Willian Sawa (da Latina Seeds), cujo link será disponibilizado na live, de terça-feira.

Rafael Zanoni Fontes, Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agropecuária Oeste, destaca a importância da colaboração entre entidades privadas e institucionais no desenvolvimento de soluções inovadoras como o Sistema Diamantino. Segundo ele, a união de conhecimentos entre Embrapa e Latina Seeds permitiu criar uma tecnologia que vai além da inovação, alcançando escalas maiores e beneficiando diretamente os produtores. “Essa parceria evidencia o impacto positivo da cooperação entre o setor produtivo e a pesquisa, promovendo a sustentabilidade e a eficiência no campo em várias regiões do Brasil”, afirma Rafael.

Alto rendimento ajuda o Brasil

Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds, considera que o “Diamantino” contribui de forma inovadora para as políticas ambientais, sociais e econômicas do País e para a imagem do Brasil no exterior ao permitir transformar áreas degradadas em produtivas. “Tudo com muito suporte, segurança, baixo investimento, alto nível de sustentabilidade e rápido retorno/renda para o produtor.”

Estes predicados foram destacados em correspondência protocolada junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em 5 de fevereiro de 2024, endereçada ao Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Sawa reforça que a nova tecnologia “permite a conversão de pastagens degradadas em pastos de alto rendimento, espaço para uma pecuária eficiente, produtiva e de baixo impacto, sem a necessidade de ampliação de área”.

O nome “Diamantino” (marca registrada no INPI) é uma referência à cidade mato-grossense (onde foi imaginado) e remete à preciosidade de um diamante, lapidado para o fortalecimento da pecuária brasileira.

 

 

Fonte: EMBRAPA, ASCOM, Christiane Congro Coma
 

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