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Indústria de semicondutores tem lei no Brasil. Incentivos.

Indústria de semicondutores tem lei no Brasil. Incentivos.
[foto] - Semicondutores, essenciais ao desenvolvimento, tem lei no Brasil. Foto Agência Câmara, Clive Darra

13-09-2024 12:21:31
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Amplia as isenções do programa, para incluir o Imposto de Importação e o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante; elimina a necessidade de lista prévia governamental para aquisição de insumos incentivados, dando mais dinamismo ao programa. São dois itens da Brasil Semicom, a lei que cria o Programa Brasil Semicondutores, assinada (240912) pelo presidente Inácio Lula. Trata-se de atender lacuna à fabricação de componentes essenciais aos computadores, celulares e automóveis.

 


Pela Lei 14.968/24, o Programa Brasil Semicondutores (Brasil Semicon), pretende impulsionar a indústria brasileira de semicondutores, cujo exemplo mais comumente conhecido é o chip. 

A lei prorroga, de 2026 para 2029, a vigência dos incentivos tributários e outros benefícios concedidos à indústria de semicondutores e tecnologia da informação e comunicação (TICs) por leis, incluindo a Lei de Informática e a Lei 11.484/07, que instituiu o Padis, um programa para a produção de semicondutores.

O projeto aprovado pelos deputados e senadores permitia a prorrogação automática dos incentivos até 2073, caso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) dispensasse a cláusula de vigência de 5 anos para incentivos. Mas o Presidente vetou esse trecho da lei. Decidiu assim, após ouvir os ministérios da Fazenda e Planejamento, porque "a renovação automática contraria a LDO de 2024, que prevê a vigência máxima de 5 anos para os benefícios tributários."

Mas esse veto será analisado agora pelo Congresso Nacional, e essa posição poderá ser modificada.

Benefício e impacto da lei


A Lei 14.968/24 foi publicada nesta quinta-feira (12) e tem origem em projeto (PL 13/20) do deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), aprovado pela Câmara dos Deputados na forma de um substitutivo do relator, deputado André Figueiredo (PDT-CE), e pelo Senado.

Nas redes sociais, os dois parlamentares comemoram a sanção da lei. Alberto Neto afirmou que a medida dá um “novo fôlego à Zona Franca de Manaus”. Figueiredo, que participou da solenidade de sanção, disse que prorrogação dos incentivos era “um momento histórico para a pesquisa, a inovação e a tecnologia nacional”.


Além de prorrogar incentivos para o setor de semicondutores,

o Brasil Semicon prevê outras medidas:

  • determina a concessão dos incentivos por empresa beneficiária e não mais produto, uma reivindicação do setor;
  • incentiva a exportação de bens e serviços relacionados a semicondutores, e não apenas o mercado interno, como era até então;
  • permite que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) atuem na estruturação e apoio financeiro a empreendimentos novos ou existentes.

Brasil Semicon será monitorado e avaliado pelo conselho gestor, a ser

regulamentado por decreto. Já em relação aos Padis, a lei também:

  • amplia as isenções do programa, para incluir o Imposto de Importação e o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante;
  • elimina a necessidade de lista prévia governamental para aquisição de insumos incentivados, dando mais dinamismo ao programa;
  • inclui as atividades de serviços como elegíveis para a desoneração, por exemplo, designs de softwares para ambientes virtuais;
  • prevê que a concessão de créditos financeiros seja calculada sobre o faturamento das empresas, e não apenas sobre as vendas internas, como ocorria até agora.

 

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias
 

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