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Queimadas agravam saúde respiratória e ocular. Médico ensina cuidados.

Queimadas agravam saúde respiratória e ocular. Médico ensina cuidados.
[foto] - Fumaça dos incêndios prejudica a saúde. Médico ajuda prevenir doenças. Foto CBMGO

09-09-2024 23:21:03
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Apesar do índice de 60% na incidência de alergias, especialmente oculares, não para de crescer o número de atendimentos por causa da poluição de origem na fumaça dos incêndios. Diz o médico Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, de Campinas (São Paulo) que o tempo seco do inverno triplica os casos de rinite, sinusite, bronquite e asma. Observa o Oftalmologista que a poluição das queimadas pode causar conjuntivite alérgica, inflamação da conjuntiva.

 


240903 -17:56:40 horas

A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que o tempo seco do inverno triplica as alergias respiratórias – rinite, sinusite, bronquite e asma. Isso explica o aumento no número de atendimentos médicos nos hospitais de todo o País depois da explosão de queimadas que cobriu o Brasil; de poluição no último final de semana.

 

Burnier diz que o hospital ainda não tem estatísticas do número de consultas provocadas pelas queimadas, mas há evidências nos prontuários de que 6 em cada 10 alérgicos têm manifestação nos olhos. Pior: o número de alérgicos não para de crescer. Já corresponde a 40% da população mundial.

Oftalmologista afirma que toda alergia é uma intensa reação das nossas células de defesa aos ácaros, proteínas ou aditivos de alimentos industrializados e até a alguns componentes de medicamentos que deveriam ser inofensivos ao nosso organismo. "As alergias também podem estar relacionadas às alterações climáticas, excesso de higiene, antibióticos e aditivos na alimentação que fazem parte do mundo atual."

Conjuntivite alérgica

Independente ou associada a outras alergias, afirma o Médico que a poluição das queimadas pode causar conjuntivite alérgica, inflamação da conjuntiva, membrana que reveste as pálpebras e a esclera, parte branca do olho.

Essa condição não é transmissível e tem como sintomas: vermelhidão, coceira, pálpebras inchadas e secreção aquosa. O tratamento é feito com colírio anti-histamínico ou antialérgico oral nos casos mais graves, onde os sintomas oculares são parte de uma reação alérgica sistêmica.  

Oftalmologista afirma que o uso de lente de contato deve ser interrompido ao primeiro desconforto nos olhos para evitar lesões na córnea.

Aumento do ceratocone

Diferentes tipos de alergia e o hábito de coçar os olhos, também estão aumentando o número de adolescentes e jovens com ceratocone, doença que afina e faz a córnea (lente externa do olho), tomar o formato de um cone. Deve ficar alerta quem tem astigmatismo (erro de refração que deforma a córnea).

Oftalmologia alerta que o ceratocone não é diagnosticado através de um exame de rotina e pode ser confundido com astigmatismo. O diagnóstico, observa, requer tomografia da córnea e os olhos devem ser mantidos hidratados com colírio lubrificante para reduzir o desconforto. Em caso de coceira intensa recomenda consultar um oftalmologista. Pode ser indicado colírio anti-histamínico ou corticoide. 

Queiroz Neto ressalta que quanto antes a condição é diagnosticada, melhor. Isso porque, o tratamento deve começar com a interrupção da progressão da doença com crosslinking, cirurgia ambulatorial que fortalece as ligações de colágeno da córnea. Numa segunda etapa o implante de um anel na córnea aplana seu formato e melhora a refração. O objetivo é evitar o transplante para manter os olhos íntegros, pontua.

Conjuntivite viral

"A baixa temperatura somada às aglomerações em ambientes fechados facilita a disseminação de vírus que além da gripe pode causar conjuntivite viral", salienta. O especialista afirma que os principais grupos de risco são as crianças que estão com o sistema imunológico em desenvolvimento e idosos que têm queda na imunidade causada pela atrofia do timo, principal glândula do sistema imunológico.

Altamente contagiosa, a conjuntivite viral se diferencia da alérgica pela secreção viscosa nos olhos. O tratamento é feito com compressas frias de gaze embebida em água filtrada ou soro fisiológico, lágrima artificial e colírio sob supervisão médica.

Olho seco

A poluição, o ar seco e o frio também aumentam os casos de olho seco, uma alteração na qualidade ou quantidade da lágrima que hoje conta com diagnóstico bastante preciso. A maioria dos casos é do tipo evaporativo quando a deficiência ocorre na camada lipídica da lágrima.

Tratamento pode ser feito com colírio lubrificante ou luz pulsada que desobstrui as glândulas que produzem esta camada da lágrima.  

 

Prevenção

Para prevenir todas estas condições as recomendações são:

·Lave as mãos com frequência e evite tocar os olhos.

·Não compartilhe maquiagem, colírio, toalhas, óculos e outros dispositivos.

·Beba bastante água.

·Não coce seus olhos.

·Mantenha a casa e o escritório livres de poeira.

·Use umidificador de ar ou uma bacia com água no ambiente.

·Evite aglomerações.

·Nunca use colírio sem supervisão de um oftalmologista.

·Use óculos e máscara em ambientes externos.

·Mantenha seus olhos lubrificados.

A saúde ocular também depende de acompanhamento oftalmológico. Todos devem passar por consultas oftalmológicas regulares

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

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