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Jovens empreendedores no agronegócio: Érica, de Itápolis


10-07-2024 20:50:36
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Desafios e conquistas que tragam satisfação pessoal, desenvolvimento e benefícios sociais; são algumas buscas de jovens empreendedores do agronegócio brasileiro, contadas pela CNA, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária. Tribunal de Justiça, sorveterias, escritório de advocacia, café, frutas e sucessão familiar no campo. O que para muita gente pode não ter uma ligação imediata, faz todo o sentido na vida e nos projetos da advogada e produtora Érica Zambanini, de Itápolis.

 


Gostar do agro é gostar de desafios, e Érica, aos 29 anos vivendo em São Paulo (Itápolis), sempre esteve em busca de se desafiar. Em 2022, participou da 5ª edição do CNA Jovem, uma iniciativa do Sistema CNA/Senar focada no desenvolvimento de novas lideranças, experiência que mudou sua vida.

Érica faz parte da quarta geração de uma família que começou a relação com o campo quando os bisavós italianos desembarcaram em solo brasileiro. Vieram, como muitos, em busca de oportunidades, de uma vida digna. Parte desses imigrantes se fixou no interior de São Paulo para trabalhar no cultivo de café.

"Nasci no agro, então foi natural seguir os passos da família na produção de frutas. Os bisavós se instalaram no mesmo lugar onde nossa família está até hoje. Meu avô deu continuidade. Hoje, meu pai e minha mãe estão à frente da propriedade." Esta é uma parte da história de Érica.

A força e o exemplo da família sempre foram a inspiração para a jovem trilhar os próprios caminhos. A partir do "amor pelo agro" e "por aquilo que é justo", Érica decidiu cursar Direito e se especializou nas questões relacionadas ao agronegócio.

Foi assim que a vida de Érica acabou dividida entre a propriedade rural e os escritórios de advocacia nas cidades de Itápolis e Ibitinga. "Consegui juntar as duas paixões. Atuo na defesa do agro e sempre digo que sou advogada graças ao setor que me proporcionou essa oportunidade."

Valorizar o produtor local 

Nascida e morando em Itápolis, conhecida como "a capital nacional do sorvete", uma questão sempre incomodou Érica: por que as sorveterias da cidade não compravam frutas dos produtores locais?

E foi aí que surgiu o "Gelado da Roça", projeto para valorizar o produtor rural e garantir fruta de qualidade para os sorvetes que são produzidos nas inúmeras sorveterias da cidade e da região.

"Ele nasceu dentro do CNA Jovem, e como liderança local, eu via que as sorveterias e os produtores locais não tinham proximidade, então, com as dicas do programa, desenvolvi o projeto."

"E por incrível que pareça, as sorveterias compravam frutas vindas de outras localidades. Então, fizemos um levantamento para mostrar aos comerciantes o que era produzido na região. Foi assim que surgiu o Gelado da Roça".

Laranja, limão, manga, goiaba, as matérias-primas estavam todas ali, em propriedades familiares. Em parceria com o Sebrae, o Gelado da Roça também faz capacitações e palestras para os produtores rurais e empresários.

"Entregamos esse conhecimento aos produtores para que consigam também ter poder de negociação com as sorveterias e melhores preços. Com isso, por ser local, as frutas chegam com qualidade superior, o que propicia a produção de um sorvete de qualidade."

Gelado da Roça

Gelado da Roça foi a iniciativa que Érica desenvolveu no CNA Jovem em 2022. Conheceu o programa do Sistema CNA/Senar pelas redes sociais. "Era o último dia de inscrição. Fiz, mas confesso que sem muita esperança, e me surpreendi quando recebi o e-mail avisando da classificação."

A participação no CNA Jovem trouxe conhecimentos diferenciados para Érica aplicar no projeto, principalmente na área de liderança e gestão. "É incrível e emocionante ver os olhos dos produtores rurais brilharem quando ficam sabendo que o sorvete foi feito com a fruta da sua propriedade".

Érica conta que o programa mudou sua vida ao ampliar horizontes e abrir portas para novas oportunidades profissionais. "O CNA Jovem possibilita uma conexão gigante, traz um conhecimento igualável e hoje sou outra pessoa, mais preparada para atuar no setor".

Érica ficou entre os dez destaques da 5ª edição do programa e participou de missão técnica para visitar a produção agropecuária nas cinco regiões do País. "Foi uma experiencia única observar a realidade de cada estado, mas principalmente entender a magnitude do nosso agro de Norte a Sul do Brasil."

Sucessão familiar 

A advogada e produtora rural queria mais e hoje Érica é também instrutora do programa de sucessão familiar rural da Faesp/Senar-SP, outro tema que faz parte da sua vida e tem uma importância muito grande para as famílias no campo.

Com as lições do passado, Érica traça os planos para o futuro. "Sigo firme no meu propósito que é trabalhar para a valorização do produtor rural. Tanto na propriedade quanto na profissão, quero contribuir cada vez mais com o desenvolvimento do agro."

Para comemorar os dez anos do CNA Jovem, a Confederação vai trazer depoimentos de líderes que participaram de várias edições do programa.

 

 

Fonte: CNA - Assessoria de Comunicação
 

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