Linguagem: EnglishFrenchGermanItalianPortugueseRussianSpanish

Saneamento precisa de R$ 21,5 bilhões para atender os brasileiros

Saneamento precisa de R$ 21,5 bilhões para atender os brasileiros
[foto] - bdib

07-05-2024 16:34:32
(374 acessos)
 
Apesar de ter recebido 20% mais recursos do que em 2022, o setor de saneamento, junto com logística e transportes do Brasil, são os que tiveram maior defasagem de investimentos. Segundo o Instituto Trata Brasil replicado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), para alcançar a universalização até 2033, serão necessários aportes da ordem de R$ 21,5 bilhões. Isso pode ser possível desde que haja interesse da iniciativa privada em investir.

 


Em 2023, o saneamento básico recebeu cerca de R$ 26,8 bilhões em investimentos.

Venilton Tadini, presidente da ABDIB, a evolução de todo o sistema e a conquista dos níveis desejados de saneamento, telecomunicações e energia, tem relação direta com a menor presença da iniciativa privada. "Por que a parte de energia elétrica e as telecomunicações não têm um hiato grande igual aos demais? Porque ali é onde está mais concentrado o setor privado."

Metas de universalização distantes

Relatório da Associação ressalta que a aprovação do novo Marco Legal do Saneamento Básico contribuiu para avanço significativo do setor nos últimos anos. Dados do Instituto Trata Brasil mostram que em 2020 — ano de aprovação do texto — o setor recebeu R$ 13 bi em investimento. Já no ano seguinte, o valor subiu para R$ 17,3.

Dados estão no quadro abaixo.

• 2019 - R$ 15 bi.
• 2020 - R$ 13 bi.
• 2021 - R$ 17,3 bi.
• 2022 - R$ 22,5 bi.
• 2023 - R$ 26,8 bi.

 

Meta difícil até 2033

Novo marco determina que, até 2033, 99% dos brasileiros devem ter água potável e 90% devem ter coleta e tratamento de esgoto. De acordo com o Trata Brasil, para que o país atinja tais metas a tempo são necessários, até lá, cerca de R$ 44,8 bilhões em investimentos todos os anos, número bem próximo aquele projetado pela ABDIB — que é de R$ 48,3 bi.

O engenheiro ambiental Felipe Hashimoto, professor do Centro Universitário Facens com atuação na área de saneamento, diz que além de alguns municípios precisarem construir quase do zero uma infraestrutura para a distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, descarte de resíduos sólidos e drenagem das vias, outras precisam atualizar seus sistemas.

"Há duas ações para solucionar problemas de infraestrutura no saneamento: implantar esses sistemas nesses municípios e atualizar os componentes de infraestrutura nas cidades em que isso já existe. A infraestrutura urbana tem uma vida útil e foi projetada pensando num cenário diferente do que temos hoje. Precisamos atualizar esses sistemas que estão sobrecarregados para que eles consigam atender as necessidades de hoje", avalia.

De acordo com a ABDIB, o investimento em saneamento em 2023 correspondeu a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, enquanto é necessário que essa proporção chegue a 0,45% do PIB.Apesar de ter recebidop 20% 

 

 

Fonte: ABDIB - Agência INFRA
 

 Não há Comentários para esta notícia

 

Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Noticiario, não reflete a opinião deste Portal.

Deixe um comentário

zkC7B