Linguagem: EnglishFrenchGermanItalianPortugueseRussianSpanish

População do Brasil envelhece 57,4% e traz doenças oculares

População do Brasil envelhece 57,4% e traz doenças oculares
[foto] - Envelhecimento dos brasileiros traz desafios com doenças oculares

02-11-2023 19:54:43
(315 acessos)
 
Pode ter "aumento impressionante" o número de brasileiros com doenças oculares crônicas. Esta é a conclusão do oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, de Campinas, São Paulo, ao observar pelo censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicando que em 12 anos aumentou 57,4% o número de brasileiros com 65 anos de idade ou mais. Índice "coloca o Brasil entre os 3 países com maior taxa de envelhecimento no mundo."

 


Revela o censo dfe 2022 que a população brasileira chegou a 203,1 milhões de pessoas. Configura então o crescimento de 12,3 milhões de habitantes ou 6,5% em relação a 2010. Desta forma, como já era tendência conhecida, aparece o envelhecimento superior a 57% e as consequências socio-vegetativas. 

Observa o médico brasileiro que é membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) que é na 3ª idade que surge a maioria das doenças oculares crônicas. São inerentes ao próprio olho ou deflagradas por doenças sistêmicas como a hipertensão arterial, diabetes e até o uso contínuo de algumas classes de medicamentos.

 

Medicina avança contra doenças

Mas boa notícia é que uma pesquisa publicada na revista Cell identificou 56 tipos diferentes de células do olho e como mais de 6 mil proteínas podem interferir nas doenças oculares. A pesquisa contou com 120 participantes que passaram por biópsia do humor aquoso e vítreo, fluidos que circundam o globo ocular.

A derspeito do avanço da idade, pesquisadores afirmam que os olhos têm a vantagem de ter fluidos e tecidos totalmente transparentes que permitem a visualização direta de condições genéticas, metabólicas, inflamatórias e até neurodegenerativas. Não fossem estas características, a biópsia do olho não poderia ser realizada porque causaria danos irreparáveis aos olhos.

Na pesquisa as proteínas foram agrupadas em 10 sequências distintas e 7 foram enriquecidas por vias biológicas.

 

Catarata chega cedo

O estudo revela que no cristalino as proteínas atingem o pico aos 50 anos de idade. Para Queiroz Neto este é um dos fatores que explica porque muitos brasileiros têm catarata precoce. Explica que a catarata resulta da aglomeração das proteínas que opacificam a lente do olho.

Outros fatores de risco da doença, elencados por Queiroz Neto são: hábito de fumar, exagerar no sal, doces ou refrigerantes, dieta pobre em verduras verde-escuro, exposição dos olhos ao sol sem lentes que filtrem 100% da radiação ultravioleta (UV), uso de óculos escuros sem filtro UV que fazem a pupila dilatar e aumentam a quantidade de radiação que penetra nos olhos. 

Sintomas da catarata são: troca frequente de óculos, desalinhamento de um dos olhos, ofuscamento, enxergar halos ao redor da luz, insegurança de dirigir a noite, perda da visão de contraste, dificuldade de adaptação de um ambiente claro para outro escuro. 

Oftalmologista esclarece que o diagnóstico é feito em exame de rotina e quando a doença começa atrapalhar, é indicada a cirurgia em que o cristalino opaco é substituído pelo implante da lente intraocular.

Retinopatia diabética

Há no Brasil hoje, 21 milhões de pessoas com diabetes, sem contar com os brasileiros que tem pré-diabetes e podem começar a fazer parte deste grupo, mas nem desconfiam.

Queiroz Neto afirma que metade dos diabéticos brasileiros, não sabem que têm a doença. Uma evidência disso é que muitos descobrem a doença no consultório, em exame de rotina. 

A pesquisa mostra que a retinopatia diabética acelera em até 30 anos o envelhecimento da retina nos casos de retinopatia diabética proliferativa.  O envelhecimento da retina foi constatado inclusive em pacientes que ainda não tinham sintomas da doença e nos que tinham sido tratados com sucesso.

 

Doença de Parkinson

Pesquisadores dizem ter encontrado várias proteínas associadas à doença de Parkinson, mas os métodos atuais de diagnóstico não permitem testar estas proteínas. Isso dificulta o tratamento.

Estudo foi realizado com 100 vezes mais proteínas que um ensaio anterior. A proposta dos pesquisadores entre os quais da área de Oftalmologia, é preparar um novo ensaio com mais participantes e um número maior de doenças para atingir um tratamento de alta precisão.

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

 Não há Comentários para esta notícia

 

Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Noticiario, não reflete a opinião deste Portal.

Deixe um comentário

IZg85