Foi o deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados que propôs e aprovou o Projeto de Lei 3098/21, quer ainda permite mais 3 anos de uso para amálgamas. Amálgama é uma liga metálica utilizada em restaurações dentárias.
Proibição imediata
Caso o projeto seja transformado em lei, será imediatamente proibido o uso de amálgamas de mercúrio em:
Parecer pela aprovação
Deputado Nilto Tatto (PT-SP), relator, foi favorável à proposta. Lembra que a
Convenção de Minamata sobre Mercúrio, em vigor desde 2017, reconhece
que o mercúrio é uma substância que causa preocupação global. Metal tem
propagação atmosférica de longa distância, persiste no meio ambiente, se
acumula nos ecossistemas e tem efeitos significativamente negativos na saúde humana.
Após ser confirmado pelo Congresso Nacional, em novembro de 2017, o acordo internacional foi promulgado pelo presidente da República em agosto de 2018 (Decreto 9.470/18).
Minamata impõe metas que o Brasil deveria cumprir até 2020. “O projeto se mostra plenamente aderente aos objetivos da Convenção de Minamata da qual o Brasil é signatário”, avaliou Tatto.
Redução gradativa
O texto obriga dentistas que ainda utilizam amálgama de mercúrio, a elaborar, em até 90 dias, um plano para reduzir gradativamente o uso desse produto.
O plano deverá conter o cronograma de substituição do material por outro mais adequado e informar o local de destinação das sobras de mercúrio e amálgama.
A proposta também veda o armazenamento de sobras de mercúrio e amálgama que ultrapassem 500 gramas no local onde forem manuseados. Por fim, o texto obriga as empresas responsáveis pela destinação final dessas substâncias a informar a quantidade, a procedência e o destino dos lotes a órgãos de vigilância sanitária e de proteção ao meio ambiente.
Restrição em vigor
Desde janeiro de 2019, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já proíbe a fabricação, a importação, a comercialização e o uso em serviços de saúde do mercúrio e do pó para liga de amálgama não encapsulada.
Segundo a Agência, o objetivo é retirar do mercado materiais de saúde que utilizam mercúrio na composição, como prevê a Convenção de Minamata.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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