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Uso de mercúrio por dentistas pode ganhar mais 3 anos

Uso de mercúrio por dentistas pode ganhar mais 3 anos
[foto] - Mercúrio e amálgama podem ter prazo de mais 3 anos de uso por dentistas. Governo da Bahia, Elói Corrêa

08-11-2023 19:38:53
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Desde janeiro de 2019 a ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, proíbe no Brasil, a fabricação, importação, comercialização e uso em serviços de saúde, do mercúrio e do pó para liga de amálgama não encapsulada. Mas agora os parlamentares da Câmara Federal abriram prazo de 3 anos para o fim desses produtos em procedimentos de Odontologia. Nesse tempo será permitida a venda em cápsulas próprias para uso odontológicos. Interesse é evitar o manuseio e consequente contágio dos usuários.

 


Foi o deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados que propôs e aprovou o Projeto de Lei 3098/21, quer ainda permite mais 3 anos de uso para amálgamas. Amálgama é uma liga metálica utilizada em restaurações dentárias. 

Proibição imediata


Caso o projeto seja transformado em lei, será imediatamente proibido o uso de amálgamas de mercúrio em:

  • gestantes, lactantes ou mulheres em idade reprodutiva;
  • crianças e adolescentes;
  • pessoas com doenças neurológicas ou renais; e
  • pessoas com prévia intoxicação por mercúrio.

Parecer pela aprovação


Deputado Nilto Tatto (PT-SP), relator, foi favorável à proposta. Lembra que a

Convenção de Minamata sobre Mercúrio, em vigor desde 2017,  reconhece

que o mercúrio é uma substância que causa preocupação global. Metal tem

propagação atmosférica de longa distância, persiste no meio ambiente, se

acumula nos ecossistemas e tem efeitos significativamente negativos na saúde humana.

Após ser confirmado pelo Congresso Nacional, em novembro de 2017, o acordo internacional foi promulgado pelo presidente da República em agosto de 2018 (Decreto 9.470/18).

Minamata impõe metas que o Brasil deveria cumprir até 2020. “O projeto se mostra plenamente aderente aos objetivos da Convenção de Minamata da qual o Brasil é signatário”, avaliou Tatto.  

Redução gradativa


O texto obriga dentistas que ainda utilizam amálgama de mercúrio, a elaborar, em até 90 dias, um plano para reduzir gradativamente o uso desse produto.

O plano deverá conter o cronograma de substituição do material por outro mais adequado e informar o local de destinação das sobras de mercúrio e amálgama.

A proposta também veda o armazenamento de sobras de mercúrio e amálgama que ultrapassem 500 gramas no local onde forem manuseados. Por fim, o texto obriga as empresas responsáveis pela destinação final dessas substâncias a informar a quantidade, a procedência e o destino dos lotes a órgãos de vigilância sanitária e de proteção ao meio ambiente.

Restrição em vigor


Desde janeiro de 2019, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já proíbe a fabricação, a importação, a comercialização e o uso em serviços de saúde do mercúrio e do pó para liga de amálgama não encapsulada.

Segundo a Agência, o objetivo é  retirar do mercado materiais de saúde que utilizam mercúrio na composição, como prevê a Convenção de Minamata.

 

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias
 

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