Hoje (230425) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) está mostrando que são os principais fatores associados à prevalência da obesidade no Brasil, a idade, condições socioeconômicas e falta de atividade física. E faz referência a índices do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. E a notícia é ruim: 6 em cada 10 brasileiros sofrem com sobrepeso. Isso significa 60% da população.
Entra aí a ação dos comunicadores sociais, dos profissionais de saúde, dos aconselhamentosde especialistas. É preciso encontrar resultado que reduza a tendência, que os adivinhadores projetam chegar perto de 25% até 2030. E já se adianta que culpar alimentos ou modo de se nutrir, não é o caminho correto. Faz parte do mal instalado, mas são determinanrtes o estilo de vida e o modo de trabalho, bem como residir em zonas urbanas.
Ainda que a obesidade tenha crescido em países ricos e pobres, a Pesquisa Nacional em Saúde e a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, chegaram à conclusão que há um desequilíbrio entre consumo e gasto calórico nas populações de baixa renda. Nesse meio social estão relacionados o acesso a alimentos mais baratos e pobres em nutrientes, com alta densidade calórica. Contribui também, baixa escolaridade que limita acesso a informações nutricionais, impactando nos hábitos alimentares.
Alertam os pesquisadores que a obesidade infantil está bastante associada à prevalência da doença ao longo da vida de uma pessoa. Relação começa desde a amamentação. Há indícios de que os hormônios presentes no leite materno contribuem para a saciedade do bebê e que essa pode ser uma estratégia para diminuir riscos de doenças crônicas como a obesidade.
Por isso que “a interrupção precoce do aleitamento materno e o modo de vida associado a meios de transportes, somado a um elevado viés de sedentarismo, são algumas das causas multidimensionais que contribuem para a obesidade infantil.”
O risco de desenvolver obesidade crônica costuma aumentar conforme o indivíduo vai ficando mais velho – a doença atinge cerca de 6% da população entre crianças e adolescentes.
“Porém, uma vez que a obesidade é estabelecida na juventude, fica muito difícil reverter este quadro até a vida adulta”.
O estudo aponta ainda maior prevalência da obesidade entre mulheres, apesar da prevalência de sobrepeso ser maior entre os homens. Dados da Pesquisa Nacional em Saúde apontam uma taxa de 22% de obesidade em mulheres e de 18% em homens, enquanto o índice de sobrepeso em homens é de 39% e em mulheres de 34%.
A FGV destaca, entretanto, que a obesidade entre mulheres não costuma ser tão grave quanto em homens, já que o aumento de peso no público masculino é ligado à região do abdômen e à possibilidade de doenças cardiovasculares.
A pesquisa também relaciona a obesidade a outras doenças. A prevalência de hipertensão, diabetes e colesterol alto, por exemplo, chega a ser duas vezes maior em pessoas obesas. Os números indicam 41,5%, 13,4% e 21,7% para o aumento de chance de obesos desenvolverem cada uma dessas doenças, respectivamente.
Além disso, enfermidades respiratórias como asma ou bronquite também são mais frequentes entre pessoas consideradas obesas (5,9%) que entre pessoas com peso normal (4,7%). O mesmo ocorre com condições relacionados à mobilidade, como artrite e problemas na coluna ou nas costas, que acometem respectivamente 11,3% e 24,9% dessa parcela da população.
De acordo com o estudo, o consumo de leguminosas como feijão e ervilha e de oleaginosas como amendoim e castanhas, está associado a menores chances de ganho de peso.
Segundo a FGV, o consumo do prato brasileiro clássico, composto por arroz e feijão, não traz riscos de aumento de peso. Já outro costume do brasileiro, o churrasco, está associado a efeitos gritantes para o excesso de peso e a obesidade, principalmente quando associados a falta de prática de exercícios e ao consumo de bebida alcoólica.
Fonte: FGV, IBGE e Agência Brasil
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