Tudo sobre o ocorrido, vem sendo levantado pela perícia criminal. O crime ocorreu entre o fim da noite desta sexta-feira (220826) e a madrugada de sábado.
Relata a Polícia Federal que, agentes participantes da chamada Operação Onipresente, "deram ordem para que o motorista do caminhão parasse, mas ele jogou o veículo na direção dos policiais a fim de tentar escapar. Os policiais então dispararam contra o caminhão."
Natural de Brasília, Roberto Moreira da Silva Filho estava à frente da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Superintendência da PF em Mato Grosso, desde setembro de 2021. Antes de assumir o cargo, participou de várias operações ambientais no Estado. Informação veiculada pela Assessoria de Imprensa da PF no Mato Grosso, indica que o profissional f"oi responsável por inúmeras ações que resultaram em prisões em flagrante, apreensão de madeira ilegal e destruição de veículos e equipamentos usados em práticas delituosas."
Anderson Torres, ministro da Justiça, se solidarizou com parentes e amigos do Delegado, lamentando a morte. “É com imenso pesar que recebi a notícia do falecimento do delegado da Polícia Federal Roberto Moreira da Silva Filho, baleado durante uma operação, no Mato Grosso. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, escreveu no Twitter. Classificou a morte de Silva Filho como “uma grande perda para a nossa PF”.
Realizada em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Operação Onipresente integra o programa federal Guardiões do Bioma. De acordo com a PF, as ações deflagradas no norte e noroeste do Mato Grosso buscam impedir diversos crimes ambientais, principalmente a extração ilegal de madeira e o desmatamento, e reunir provas para identificar e punir criminosos.
Há anos, a região é alvo da cobiça de madeireiros atraídos principalmente pelo ipê. Em 2018, servidores do Ibama, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Civil de Mato Grosso apreenderam 13 caminhões, 3 pás carregadeiras, 4 tratores adaptados para a retirada de árvores, 2 tratores de esteira, 2 reboques florestais, 8 motos, 12 motosserras, 1 caminhonete e 6 armas de fogo durante uma única operação conjunta.
Com esse trabalho 22 pessoas foram identificadas por envolvimento com ilícitos ambientais e por tentarem obstruir as vias e impedir a apreensão dos equipamentos. Foi o que levou os agentes a destruir a maior parte dos bens apreendidos no próprio local.
Recentemente, a PF estimou que ao menos 10 caminhões deixam a Terra Indígena Aripuaña diariamente, carregados ilegalmente com toras de madeira de alto valor comercial, o que motivou a corporação a anunciar, em julho, que intensificaria as ações.
Fonte: Polícia Federal
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