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Delegado morto no Mato Grosso ao combater madeireiros ilegais

Delegado morto no Mato Grosso ao combater madeireiros ilegais
[foto] - Delegado Roberto Moreira da Silva Filho. Foto PF.

27-08-2022 16:42:20
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Morreu combatendo extração ilegal de madeira na Terra Indígena Aripuaña, no Mato Grosso, o delegado de Polícia Federal, Roberto Moreira da Silva Filho, de 35 anos. Participava co0m outros agentes, da Operação Onipresente, na região noroeste do Estado. Motorista com caminhão carregado de madeira, recusou-se a parar e começou atirar. "A suspeita é que um dos projéteis ricocheteou ao atingir a lataria e acertou o delegado."

 


Tudo sobre o ocorrido, vem sendo levantado pela perícia criminal. O crime ocorreu entre o fim da noite desta sexta-feira (220826) e a madrugada de sábado.

Relata a Polícia Federal que, agentes participantes da chamada Operação Onipresente, "deram ordem para que o motorista do caminhão parasse, mas ele jogou o veículo na direção dos policiais a fim de tentar escapar. Os policiais então dispararam contra o caminhão."

Natural de Brasília, Roberto Moreira da Silva Filho estava à frente da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Superintendência da PF em Mato Grosso, desde setembro de 2021. Antes de assumir o cargo, participou de várias operações ambientais no Estado. Informação veiculada pela Assessoria de Imprensa da PF no Mato Grosso, indica que o profissional f"oi responsável por inúmeras ações que resultaram em prisões em flagrante, apreensão de madeira ilegal e destruição de veículos e equipamentos usados em práticas delituosas."

Anderson Torres, ministro da Justiça, se solidarizou com parentes e amigos do Delegado, lamentando a morte. “É com imenso pesar que recebi a notícia do falecimento do delegado da Polícia Federal Roberto Moreira da Silva Filho, baleado durante uma operação, no Mato Grosso. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, escreveu no Twitter. Classificou a morte de Silva Filho como “uma grande perda para a nossa PF”.

Cobiça de madeireiros

Realizada em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Operação Onipresente integra o programa federal Guardiões do Bioma. De acordo com a PF, as ações deflagradas no norte e noroeste do Mato Grosso buscam impedir diversos crimes ambientais, principalmente a extração ilegal de madeira e o desmatamento, e reunir provas para identificar e punir criminosos.

Há anos, a região é alvo da cobiça de madeireiros atraídos principalmente pelo ipê. Em 2018, servidores do Ibama, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Civil de Mato Grosso apreenderam 13 caminhões, 3 pás carregadeiras, 4 tratores adaptados para a retirada de árvores, 2 tratores de esteira, 2 reboques florestais, 8 motos, 12 motosserras, 1 caminhonete e 6 armas de fogo durante uma única operação conjunta.

Com esse trabalho 22 pessoas foram identificadas por envolvimento com ilícitos ambientais e por tentarem obstruir as vias e impedir a apreensão dos equipamentos. Foi o que levou os agentes a destruir a maior parte dos bens apreendidos no próprio local.

Recentemente, a PF estimou que ao menos 10 caminhões deixam a Terra Indígena Aripuaña diariamente, carregados ilegalmente com toras de madeira de alto valor comercial, o que motivou a corporação a anunciar, em julho, que intensificaria as ações.

 

 

Fonte: Polícia Federal
 

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