Chofer de Praça, construído no ano de 1958, foi o filme exibido pela TV Brasil um dos clássicos do ator e cineasta. A TV pública é uma das principais janelas de exibição de produções do audiovisual brasileiro. As obras cinematográficas de sucesso do genial intérprete e diretor ainda têm visibilidade em outros horários na nova programação.
Os longas-metragens de Mazzaropi podem ser acompanhados toda segunda e terça-feira, às 22:30 horas, no Cine Retrô, sessão dedicada a atrações consagradas da sétima arte nacional. O canal também apresenta alguns desses filmes na Sessão Família, faixa em cartaz de domingo à sexta, às 14 horas.
Algumas das produções estreladas e dirigidas pelo artista ainda ficam disponíveis por 7 dias no aplicativo TV Brasil Play, após exibição na telinha. Além de atuar, Amácio Mazzaropi também trabalhou como produtor, roteirista ou mesmo diretor dos filmes.
Com humor singelo, tornou-se um dos mais ilustres comediantes do cinema brasileiro. Perspicaz, Mazzaropi utilizou da figura do "jeca" para fazer rir em tramas que marcaram época e obtiveram recordes de bilheteria no País. A filmografia do humorista reúne mais de 30 produções para as telonas.
Ícone da sétima arte no Brasil, o comediante Amácio Mazzaropi faleceu aos 69 anos em 1981, mas até hoje é considerado um dos maiores atores brasileiros. Com histórias simples e um humor até espontâneo, soube desenvolver o potencial dos filmes que viraram referência na cinematografia nacional.
A trajetória do ator e cineasta contempla 32 filmes realizados entre 1952 e 1980. Em muitos, além dos papéis principais da trama, Mazzaropi ainda desempenha outras funções. Era comum ver o artista em ação como produtor, roteirista e até diretor. Assinava a condução das comédias ou colaborava com outro profissional. Também fazia a distribuição dos longas-metragens pelo País.
Mazzaropi chegou a atrair mais de 8 milhões de espectadores em uma única produção. Deu vida ao imortal e carismático estereótipo do homem do campo. Jeca, personagem marcante, era um caipira e ingênuo, mas com doses de malícia. A figura simplória conquistou a simpatia das massas populares que garantiam cinemas lotados.
A estreia de Amácio Mazzaropi nas telonas foi em Sai da frente (1952), longa em que interpretou Isidoro, um motorista de caminhão que deixa o carro desgovernado em plena cidade de São Paulo. A partir daí, o ator seguiu atuando em pequenas, médias e grandes produções.Consolidava o nome no cinema brasileiro, além de participar de programas de televisão e estar nos palcos do teatro.
Em 1958, Mazzaropi fundou a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi), em modernos estúdios em Taubaté. Nas instalações, realizou 23 filmes. Os maiores sucessos foram Jeca Tatu (1959) e Casinha Pequenina (1963), ambos contabilizando 8 milhões de pagantes em cada apresentação.
O último trabalho do saudoso comediante no cinema foi O Jeca e a Égua Milagrosa, de 1980. No ano seguinte, o artista morreu aos 69 anos, vítima de um câncer na medula antes de concluir a obra Maria Tromba Homem, longa que permaneceu inacabado.
No dia que marca os 110 anos de nascimento de Amácio Mazzaropi, a TV Brasil apresentou Chofer de Praça. Na obra de 1958, além de ser o protagonista da trama, Mazzaropi também assina a produção e o roteiro. A partir deste longa, o comediante passa a colaborar frequentemente com os diretores.
O filme, que teve direção do cineasta Milton Amaral, também foi o primeiro trabalho da carreira do humorista com a atriz Geny Prado, seu par constante ao longo da trajetória artística. Os números musicais são interpretados por grandes personalidades como Lana Bittencourt e Agnaldo Rayol.
No enredo, Mazzaropi vive o humilde Zacarias. Muda-se com a mulher Augusta (Geny Prado) para uma vila em São Paulo com o objetivo de arrumar um emprego e ajudar o filho Raul (Celso Faria) a pagar a faculdade de Medicina. O sonho dele é ver o rapaz formado.
Disposto a fazer o possível e o impossível para ajudar a família, o protagonista consegue um trabalho como chofer de praça. Zacarias começa a dirigir um modelo de carro antigo, muito barulhento e fumacento, que rapidamente vira motivo de muitas piadas e de viagens repletas de trapalhadas.
Ano: 1958. País: Brasil. Gênero: comédia. Duração: 97 min. Direção: Milton Amaral. Elenco: Amácio Mazzaropi, Geny Prado, Celso Faria, Ana Maria Nabuco, Carmen Morales, Maria Helena Dias, Roberto Duval, Elk Alves, Benedito Liendo. Participação especial: Lana Bittencourt e Agnaldo Rayol. Classificação Livre.
Fonte: Agência Brasil - TV Brasil
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