Comitê de Aeroportos
RELAÇÃO DE MEDIDAS SANITÁRIAS QUE VÊM SENDO ADOTADAS NO MUNDO E QUE PODERIAM SER ANALISADAS PARA O BRASIL
Definições Gerais.
1. Estabelecer de forma geral normas de controle simples e de fácil aplicação;
2. Garantir coerência e isonomia nas normas sanitárias para os diferentes modos de transporte: avião, metrô, trem, ônibus, táxi, etc;
3. Converter parte das recomendações sanitárias em normas obrigatórias da aviação civil;
4. Definir a quem caberá o poder coercitivo para garantir efetividade da aplicação das normas sanitárias;
5. Estabelecer que cada ente (aeroportos, aéreas e autoridades) é responsável pelo fornecimento contínuo de EPIs para seus próprios colaboradores;
6. Estabelecer a temporalidade das medidas em função de critérios objetivos (X meses ou evento Y):
a. Medidas de curto prazo: objetivos sanitários + restabelecimento da confiança
b. Medicas de médio-longo prazo: adoção de melhores práticas que permitam conviver com a ameaça sanitária e reagir rapidamente em caso de nova pandemia
A relação de medidas a seguir está organizada por sugestões
da IATA e outras que identificamos entre os associados da
ABDIB para aeroportos e para companhias aéreas. Deixamos
marcadas na cor azul as sugestões que foram contempladas
também na Nota Técnica 101/2020 da ANVISA recém divulgada.
Aeroportos
1. Estabelecer a obrigatoriedade de telas de proteção entre passageiros e funcionários onde for possível (ex: balcões de check-in);
2. Limpeza de todas as bagagens despachadas e de mão, bem como a instalação de telas de proteção para agentes de check-in;[1]
3. Tecnologia de check-in em máquinas automatizadas, que conseguem medir batimentos cardíacos, temperatura, ler dados de passaportes e despachar bagagens sem que o passageiro toque em nenhuma tela, permanecendo a 1,5m do terminal eletrônico. Isso porque, por mais que o check-in não seja em balcões, os totens de autoatendimento são compartilhados por passageiros e podem tornar-se um foco do vírus.
4. Manutenção dos serviços de limpeza nas áreas comuns, com maior rigor.
5. Implementação de formulários/declarações de saúde dos passageiros, bem como de histórico de saúde, conforme a exigência de alguns países.
6. A possibilidade de que medidas em aeroportos sejam unificadas por padrões globais, o que exigiria a criação de uma única autoridade mundial, a partir de trabalhos e esforços conjuntos da ICAO, OMS e ACI.
7. Esclarecer recomendação para distanciamento entre mesas na praça de alimentação: 2 metros a partir da borda ou do encosto da cadeira?;
8. Estabelecer distanciamento entre mesas em aeroportos apenas se for generalizado para todos os restaurantes fora do sítio aeroportuário (exemplo: shoppings);
9. Proibição de restaurantes self-service e buffet em aeroportos apenas se for generalizado para os demais estabelecimentos fora do sítio aeroportuário;
10. Proibição de duty-free apenas se for generalizado para as demais lojas fora do sítio aeroportuário;
Empresas aéreas
11. Uso de máscaras a bordo da aeronave, tanto pelos passageiros, como pelos tripulantes.
12. Aumento da frequência de higienização em sua frota, mediante o uso de produtos específicos para limpeza de ambiente hospitalar, além de introduzir o uso de máscaras e luvas pela tripulação e a disponibilização de kits de proteção universal (roupas, máscaras e óculos de proteção biológica).
Sugestões da IATA:
13. Avaliação de riscos nas rotas operadas pela companhia, com a possibilidade de mudanças no curto e longo prazo da malha aérea.
14. Aumento dos treinamentos à distância para tripulação, como por exemplo por meio de webinares, além de cuidados adicionais nos treinamentos presenciais (como na higienização dos materiais compartilhados entre os tripulantes, inclusive para as demonstrações de segurança em voo).
15. Aprimoramento das perguntas e respostas (Q&A) sobre segurança feitas no pré-voo aos comissários de bordo.
16. Requisitos de quarentena para a tripulação e implementação de condições adequadas para o seu descanso em voos mais longos.
17. Eventualmente, exigir uma prova de teste negativo de Covid-19 para a tripulação ou solicitar uma declaração em que o tripulante atesta ter tomado os cuidados necessários para prevenir a contração do vírus.
18. Dispensa das atividades em caráter temporário dos comissários que apresentem sintomas da Covid-19, bem como a introdução de atenção especial para/com os tripulantes que tenham se recuperado do vírus.
19. Treinamento da tripulação sobre o uso de EPIs, bem como estudos sobre a influência de EPIs em procedimentos de segurança (por exemplo, o uso de máscaras de oxigênio em caso de despressurização ou a evacuação da aeronave).
20. Limpeza de aeronaves com produtos compatíveis com suas peças, conforme orientação do fabricante, buscando evitar que os passageiros usem seus próprios produtos químicos, para não causar danos aos componentes da aeronave.
21. Instalação de pontos com álcool em gel nas áreas de embarque e desembarque.
22. Instalação de tapete com elemento desinfetante nas áreas de desembarque, entradas ao aeroporto e acesso dos colaboradores.
23. Limpeza com produto desinfetante das bandejas para raio-x e dos carrinhos de bagagem.
24. No caso de tripulantes terem acesso aos compartimentos para descanso, o uso de objetos (como roupa de cama e travesseiros) não deve ser compartilhado por múltiplas pessoas.
25. Mudanças no processo de embarque, diminuindo o contato dos passageiros com tripulantes na entrada da aeronave, bem como a organização de grupos de embarque menores para diminuir o contato entre passageiros até que guardem seus pertences no compartimento de bagagens e tomem seus lugares.
26. Restrição do número de acompanhantes tanto no embarque quanto desembarque.
27. Sinalização no piso para manter o distanciamento mínimo entre as pessoas em fila (check-in, embarque, imigração, raio-x, restituição de bagagem, etc.).
28. Os sistemas de alocação dos assentos devem tentar ao máximo deixar os passageiros distantes entre si.
29. Pronunciamentos e anúncios na cabine devem ser feitos, relembrando a necessidade de prevenir a disseminação do vírus.
30. Mudança nos serviços de refeição, em especial nas rotas de alto risco, introduzindo a pré-embalagem e a entrega dos kits no início do voo para evitar a circulação dos tripulantes durante a rota, bem como o estudo sobre o manuseio de resíduos para reduzir uma possível contaminação.
31. Cuidados pessoais básicos, como a higienização das mãos, identificação de casos suspeitos, tratamento especial de fluidos corporais, uso de EPI, limpeza e desinfecção de áreas contaminadas e descarte adequado do lixo, segundo as diretrizes do Center for Disease Control and Prevention (CDC).
25/maio/2020
Fonte: ABDIB - Agência INFRA
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