Passados alguns dias, a córnea já
estava se regenerando. A previsão
é que o novo adesivo chegue ao
mercado no início de 2020.
Para Queiroz Neto, a regeneração da córnea com este novo novo tratamento pode reduzir o índice de portadores de ceratocone que vão para transplante no Brasil. Para não ter surpresas desagradáveis com a progressão da doença ensina prestar atenção aos seus primeiros sinais: troca frequente do grau dos óculos, visão de halos noturnos, aversão à luz do sol, maior fadiga visual e olhos irritados, enumera. Significa que pode ser necessário fazer uma tomografia da córnea para ter um diagnóstico precoce.
O oftalmologista ressalta que hoje a única alternativa para impedir a perda do globo ocular em perfurações são os adesivos sintéticos que por serem tóxicos só podem ser aplicados em pequenas lacerações. Foi o que aconteceu com N.L. uma paciente que chegou ao consultório com o olho vazando em um lenço depois de muitos anos convivendo com herpes ocular. Uma situação dramática até o cirurgião ter acesso a uma córnea para transplante. O novo adesivo pode melhorar muito os tratamentos de problemas na córnea, conclui.
Desde meados de 2019, aumentou 7,6% a espera por transplantes de
córnea, "membrana transparente do olho que capta as imagens e
frequentemente é comparada ao vidro de um relógio por estar localizada
na frente do globo ocular". Oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do
Instituto Penido Burnier, de Campinas (São Paulo), que fez essa
definição, esclarece que lesões e doenças na córnea, são
a terceira maior causa global de deficiência visual.
No Brasil, a situação não é tão grave, mas a fila de espera pelo transplante de córnea aumentou no primeiro trimestre de 2019 quando comparada ao mesmo período de 2018. O relatório da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) mostra que embora o número de cirurgias entre janeiro e março de 2019 tenha se mantido praticamente estável em relação ao mesmo período de 2018, a fila de espera totalizou 9442 inscritos contra 8772 no ano passado, perfazendo um aumento de 7,6%.
Terceira maior causa global de deficiência visual, só é superada pela catarata e glaucoma. Anualmente somam 1,5 milhão de novos casos de perda da visão. Por causa da escassez de doações de córnea no mundo, só uma em cada 70 pessoas conseguem fazer o transplante.
Crise econômica influi
Para Queiroz Neto este avanço deve estar relacionado à crise econômica. No Brasil a maior causa de transplante é o ceratocone, doença degenerativa na córnea que responde por 70% das cirurgias. O relatório da ABTO de 2018 mostra diminuição dos transplantes de córnea em relação a 2017. Esta redução coincide com a inclusão do crosslinking, cirurgia que interrompe a progressão do ceratocone, no rol de procedimentos dos planos de saúde, comenta o médico. “São poucos os hospitais públicos que realizam o procedimento”.
Levantamento feito por Queiroz Neto com 315 portadores de ceratocone que passam pela cirurgia, 85% tiveram interrupção da progressão da doença e 45% melhora da visão.
Especialista explica que o transplante só é indicado quando a camada interna da córnea, o endotélio, é afetado pelo ceratocone ou perfurações, úlceras, cicatrizes, síndrome de Steven Johnson e distrofia de Fuchs. Razão disso é que essas células são irrecuperáveis e quando sofrem lesões tornam a córnea opaca.
Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
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Oi minha tia e cega Como e possivel receber a cornea sintetica