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Repasse de R$ 783,38 milhões não resolve problema do SUS.


01-05-2019 22:03:16
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Revitalização do Sistema Único de Saúde (SUS) começa ser praticado. Governo Federal repassou em 2018 valor recorde de R$ 783,38 milhões. Desde o ano 2000 quando a Agência Nacional de Saúde (ANS) foi criada, uma quantia tão grande não havia sido executada. Em 18 anos da Agência os valores compensados pelos atendimentos, somaram R$ 2,85 bilhões.

 


Historicamente os reclamos de administradores de hospitais e clínicas,

bem como de profissionais de saúde, se dirigem à descapitalização do

SUS. Governos utilizam o Sistema para cuidar de doentes, porém não

se lembram de efetuar repasses condizentes com a qualidade dos serviços.

Daí o fechamento de hospitais, o crescimento de mortes por doenças graves

e sucateamento do sistema hospitalar. Um exemplo mais contundente é o

de hsopitais das Santas Casas. Muitos fecharam as portas.

 

Justamenete agora (190425), os deputados aprovaram os repasses do FGTS para ajudar as Santas Casas, endividadas com mais de R$ 25 bilhões. Mas essa discussão que deveria ter sido usperada já no iníciol do Governo anterior, vem se arrastando em debates e promessas que não se concretizam.

Maior problema é a falta de uma atualização para os procedimentos de saúde em todos os níveis, desde consulta até cirurgias de alta complexidade. É com a valorização e pagamentos de atrasados, que o Governo atual poderá começar a resolver os desafios da saúde, um dos mais graves dramas dos brasileiros.

Hospitais estão fechando

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) repassou ao Sistema Único de Saúde (SUS), em 2018, a quantia recorde de R$ 783,38 milhões, maior valor pago desde a criação da Agência, em 2000, quando houve o primeiro repasse ao Fundo Nacional de Saúde, no valor de R$ 860 mil. As informações constam do 7º Boletim Informativo – Utilização do Sistema Único de Saúde por Beneficiários de Planos de Saúde e Ressarcimento ao SUS, divulgado hoje (25) pela ANS.

"A ANS arrecadou em 2018 um valor 34% maior que no ano anterior e o repasse recorde só foi possível graças ao aperfeiçoamento no processo de cobrança pela ANS, que trata de maneira transparente as informações do setor da saúde suplementar", disse o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar.

Informou que, desde o início do ressarcimento, as operadoras de planos de saúde pagaram à ANS R$ 4,38 bilhões, ou o correspondente a mais de 2,9 milhões de atendimentos realizados no SUS. Desse total, R$ 1,02 bilhão foram cobrados em 2018. A ANS destaca que em 2018, houve aumento de cerca de 39% no valor dos atendimentos cobrados e de 37% no número de atendimentos a beneficiários de planos de saúde no SUS.

Entretanto, não são todos os atendimentos a beneficiários de operadoras que justificam o ressarcimento, esclareceu a Agência. Isso ocorre "apenas com relação aos serviços que estejam previstos no Rol de Procedimentos da ANS e que não sejam submetidos a nenhuma exclusão contratual legalmente permitida".

Segundo a ANS, o ano de 2018 marcou novo recorde de cobrança, tanto em número quanto em valores. No acumulado dos últimos 18 anos, o valor repassado pela ANS ao Fundo Nacional de Saúde atingiu R$ 2,85 bilhões. Do saldo restante, R$ 1,14 bilhão são débitos vencidos e não pagos, dos quais R$ 740,60 milhões foram inscritos na dívida ativa. A ANS observou ainda que mais de R$ 359 milhões estão com a cobrança suspensa por decisão judicial.

Mapa do SUS

A ANS divulgou também a terceira edição do Mapa de Utilização do SUS por Beneficiários de Planos Privados de Saúde, onde podem ser consultadas informações sobre atendimentos públicos efetuados entre os anos de 2011 e 2015, tanto aqueles registrados por Autorização de Internação Hospitalar (AIH), como por Autorização de Procedimento Ambulatorial (Apac).

Segundo dados do Mapa, havia 49,2 milhões de beneficiários de planos de assistência médica no país no ano de 2015, quando ocorreram 11,3 milhões de internações no SUS. Dessas, 245,8 mil foram internações identificadas de beneficiários de planos de saúde.

O Mapa revela também que a maioria das internações dos beneficiários de planos de saúde no SUS se destinou à realização de cirurgia (38%), clínica médica (28,16%) e obstetrícia (16,83%). O procedimento mais frequente nas internações dos usuários dos planos de saúde no SUS foi o parto normal, com15.357 atendimentos. Parto cesariano teve 11.024 procedimentos, enquanto o tratamento de pneumonia ou influenza (gripe) registrou 10.058 atendimentos.

As internações identificadas no ressarcimento ao SUS corresponderam a R$ 517,4 milhões em 2015, lideradas pela Região Sudeste (R$ 313,7 milhões). Já as internações cobradas somaram R$ 210,8 milhões.

Alta complexidade

O mapa revela ainda que da totalidade dos atendimentos ambulatoriais de alta complexidade efetuados em 2015, 82% foram procedimentos clínicos, 9% transplantes de órgãos, tecidos e células e 5% procedimentos de finalidade diagnóstica. Nesse tipo de atendimento, a hemodiálise, com o máximo de três sessões semanais, foi o procedimento mais frequente com total de 60.011 atendimentos.

Já os atendimentos ambulatoriais identificados no ressarcimento ao SUS naquele ano corresponderam a R$ 433,2 milhões. De novo, a Região Sudeste responde pelo maior valor (R$ 281 milhões). Em relação aos atendimentos ambulatoriais cobrados, o total registrado alcançou R$ 164,7 milhões.

 

 

Fonte: Agência Brasil
 

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