Ilzaa Nogueira
Aniversariante de 25/Dezembro

Compositora e musicóloga, Ilza Nogueira sucede a André Cardoso

A compositora e musicóloga Ilza Nogueira foi eleita para a presidência da Academia Brasileira de Música (ABM). Aposentada da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ela assumirá o cargo em março de 2026, com mandato previsto até 2028.

Nascida em Salvador, na Bahia, em 1948, Ilza Nogueira construiu uma importante carreira artística e acadêmica. Sua formação musical incluiu estudos com Ernst Widmer na Universidade Federal da Bahia (UFBA), entre 1969 e 1971, e com Mauricio Kagel na Musikhochschule Köln (1972–1977). Posteriormente, aprofundou-se em composição na State University of New York at Buffalo, onde obteve mestrado e doutorado sob orientação de Lejaren Hiller e Morton Feldman. 

Sua produção artística é marcada por uma estética diversa, que incluiu pesquisa timbrística, serialismo não dodecafônico e procedimentos intertextuais. Uma característica constante de sua obra é a relação estreita com a literatura – a voz, falada ou cantada, aparece com frequência, veiculando textos poéticos de autores como Augusto dos Anjos, Mário de Andrade, Thiago de Melo e W. J. Solha.

Além de compositora, Ilza é pesquisadora e teórica musical com longa atividade docente na UFPB. Coordenou a pesquisa “Marcos Históricos da Composição Contemporânea na UFBA” e publicou catálogos de compositores baianos como Ernst Widmer, Lindembergue Cardoso, Fernando Cerqueira e Agnaldo Ribeiro. É autora do livro Ernst Widmer, Perfil Estilístico (UFBA, 1997). Desempenhou também papel de liderança em entidades como a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM), da qual foi a primeira presidente, e a Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA), que fundou em 2014.

Ilza Nogueira ingressou na Academia Brasileira de Música em abril de 2003, ocupando a Cadeira 27. Sua eleição para a presidência deve ser comemorada como um reconhecimento à sua longeva e multifacetada carreira, mas também é um marco simbólico na história da ABM: segundo a UFPB, ela é a primeira mulher a dirigir a instituição em seus 80 anos de existência.(Revista Conncerto)

 
 
 

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