Abelhas estão gravemente ameaçadas pelas consequências combinadas das mudanças climáticas, agricultura intensiva, pesticidas, perda de biodiversidade e contaminação. Sem esses insetos e outros polinizadores, não seria possível produzir café, maçãs, amêndoas, tomates nem cacau. Alerta é de ambientalistas e produtores no dia Mundial das Abelhas.
Mais de 75% dos cultivos destinados à alimentação humana dependem da polinização para ter qualidade e produtividade. Por isso, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lembrou pela primeira vez o Dia Mundial (180520) das Abelhas, espécie fundamental à produção de comida.
Ao roçarem e tocarem as flores, as abelhas, pássaros, morcegos e
besouros contribuem para a reprodução das plantas. Segundo a FAO,
a variedade de espécies polinizadoras diminuiu nas últimas décadas.
Estudos científicos indicam que as alterações do clima estão entre as
causas do problema, pois interrompem as temporadas de floração.
A cerimônia para comemorar o dia mundial foi realizada em Breznica, na Eslovênia. Em 1734, nasceu na cidade Anton Janša, um pioneiro da apicultura moderna. A data de nascimento — 20 de maio — foi escolhida para ser celebrada anualmente como o Dia Mundial das Abelhas.
Em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a FAO elaborou o Código Internacional de Conduta para o Manejo de Pesticidas. A publicação traz orientações sobre como diminuir a exposição dos polinizadores a essas substâncias.
Acesse o documento clicando aqui.
“Não podemos continuar nos concentrando em aumentar a produção e a produtividade com base no uso generalizado de pesticidas e produtos químicos que ameaçam os cultivos e os polinizadores”. É o que disse José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO.
“Através da agroecologia, a FAO busca aprimorar as interações entre as plantas, os animais, os seres humanos e o meio ambiente. As inovações são necessárias e devem se basear na criação conjunta de conhecimento, combinando a ciência com a sabedoria e as experiências locais, como um processo social”.
Seja o primeiro a comentar esta notícia.
Comente esta notícia