A expectativa é de que o programa seja replicadoHá uma tentativa de 2 anos para cá de que o sprograma seja expandido para outros estados da região alcançada pela seca histórica. Movimento é estimulado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e entidades locais.
“Morar aqui na caatinga é excelente, é maravilhoso. Não troco cidade nenhuma por esses pés de árvores maravilhosos aqui. Isso é gostoso, é um alívio, o ar puro, a gente respira, assobia ouvindo os cantos dos pássaros.”
É assim que Silvano Leite, morador do assentamento de Jacaré Curituba, em Canindé, no interior de Sergipe, descreve a relação que tem com a terra onde vive. No semiárido sergipano, pequenos agricultores buscam sua subsistência nos recursos naturais disponíveis na caatinga.
A exploração indevida do bioma, porém, pode ter consequências graves a longo prazo. Estimativas indicam que 74,2% do território do Sergipe é suscetível à desertificação, que pode ser provocada tanto por questões climáticas, quanto pelo manejo inadequado do solo.
Uso sustentável da terra
Para conscientizar produtores agrícolas do estado e mostrar como é possível produzir alimentos sem esgotar recursos ambientais, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) realiza o projeto piloto “Manejo de uso sustentável de terras do semiárido do Nordeste brasileiro”, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e o governo do Sergipe.
Lançada oficialmente em dezembro de 2015, a iniciativa lida diretamente com habitantes do semiárido sergipano. Ensina novas técnicas de produção agrícola e colocando em contato os pequenos fazendeiros que vivem nos assentamentos com técnicos que conhecem bem a caatinga.
“Somos nós da assistência técnica, são os nossos agricultores e os órgãos ambientais para falar a mesma língua e juntos superar essa dificuldade, que é fazer com que o nosso povo sobreviva à seca, e contribuir para que a nossa caatinga continue em pé”, explica o assessor técnico do projeto, Fabio Andrey Pimentel.
“Nesses assentamentos, o projeto vai estimular práticas sustentáveis de manejo do solo, trocando com as populações ideias e técnicas de como fazer uma gestão sustentável da caatinga a fim de manter uma cobertura florestal”, disse a representante do Programa de Desenvolvimento Sustentável do PNUD, Rose Diegues.
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