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Mulheres pesquisadoras recebem prêmio ONU-LOreal de 2015

21-10-2015 18:56:36 (3561 acessos)
Desenvolvimento de novos catalisadores que acelerem eficientemente diversas classes de reações químicas, da pesquisadora Elisa Orth (departamento de Química da Universidade Federam do Paraná, UFPR), ganhou o prêmio L'Oréal 2015. Também receberam 2 cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 3 da USP e 1 da UFRGS.

 


O talento de mulheres cientistas brasileiras foi reconhecido em uma cerimônia no Palácio da Guanabara (151020) no Rio de Janeiro. A 10ª edição do prêmio Para Mulheres na Ciência, em parceria com a L’Oréal Brasil, Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Comunicação (UNESCO) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), entregou US$ 20 mil a 7 estudiosas como incentivo para prossigam as investigações científicas. Nos 10 anos de atividade foram beneficiadas 64 jovens pesquisadoras.

Entre os estudos premiados estão medicamentos mais efetivos para doenças crônicas, falhas na transmissão de dados por sistemas de comunicação e a evolução das galáxias. De acordo com as cientistas, o prêmio vai além do próprio reconhecimento, pois serve como vitrine para mostrar a relevância das pesquisas lideradas por mulheres no Brasil.

 

Envelhecimento precoce

A pesquisadora Elisa Brietzke, do departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), estuda o envelhecimento precoce de indivíduos bipolares com a progressão da doença e o desenvolvimento de medicamentos capazes de bloquear este avanço. “Esta é uma pesquisa inovadora no mundo e fico muito feliz com o reconhecimento que estamos recebendo”, conta a cientista. “Isto demonstra como um cientista, em especial uma mulher cientista, também alcança o sucesso se permanecer em seu país”.

Outra premiada, Elisa Orth, do departamento de Química da Universidade Federam do Paraná (UFPR) focou a pesquisa no desenvolvimento de novos catalisadores que acelerem eficientemente diversas classes de reações químicas. Uma potencialidade é obter enzimas artificiais que poderiam ser usadas para resolver problemas genéticos — relacionados a doenças como câncer, fibrose, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, entre outras. Outro interesse de aplicação é destruir substâncias químicas nocivas à saúde humana, presentes em muitos agrotóxicos ainda utilizados no Brasil.

 

CIÊNCIAS DA VIDA

 

Alline 1A pesquisadora Alline Campos, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, que busca uma forma de produzir medicamentos mais efetivos e que produzem menos efeitos adversos, para tratar pacientes que sofrem de ansiedade e depressão. “Este reconhecimento profissional é fundamental para cientistas que estão, como eu, iniciando suas carreiras. Receber um prêmio dessa importância confirma que estamos no caminho certo”, afirma a paulista.

 

Daiana coratadaCientista da Universidade Federal do Pampa-Unipampa, no interior do Rio Grande do Sul, Daiana Ávila foi premiada por liderar um estudo sobre uma nova terapia para a Esclerose Lateral Amiotrófica, doença genética, degenerativa e sem cura. “Fiquei muito feliz e orgulhosa em receber esse prêmio por um estudo realizado aqui no interior do Rio Grande do Sul. O reconhecimento vai ajudar na valorização do uso de modelos alternativos na investigação científica, comuns nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda pouco difundidos no Brasil”, explica a pesquisadora.

 

Elisa_BriA pesquisadora Elisa Brietzke, do departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo-Unifesp, estuda se o envelhecimento precoce de indivíduos bipolares, com a progressão da doença. O objetivo futuro é desenvolver e testar medicamentos capazes de bloquear o seu avanço. “Esta é uma pesquisa inovadora no mundo e fico muito feliz com o reconhecimento que estamos recebendo”, conta a cientista, que se orgulha de ter feito sua formação em instituições brasileiras. “Isto demonstra como um cientista, em especial uma mulher cientista, também alcança o sucesso se permanecer em seu país”, avalia.

 

Tábita 1Cientista do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo-USP, Tábita Hunemeier tenta elucidar em seu projeto as bases genéticas de características morfológicas dos nativos americanos (indígenas), para tentar encontrar variações genéticas que os diferenciam fisicamente das populações de outros continentes. “Eles são a população menos estudada no mundo do ponto de vista genético. Nosso estudo tenta preencher uma lacuna existente e entender melhor questões relacionadas à sua evolução”, explica. Ela conta que levou alguns minutos para assimilar a notícia do reconhecimento. “É emocionante. Sinto-me muito honrada em ter sido selecionada entre as centenas de pesquisadoras competentes inscritas”, comemora.

 

MATEMÁTICA

Cecília Salgado_altaA Dra. Cecília Salgado, pesquisadora de Ciências Matemáticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, estuda sobre códigos corretores de erros, fundamental na solução de falhas na transmissão de informação por sistemas de comunicação como linhas telefônicas ou discos rígidos. Ela acredita que o prêmio vem consolidar seu trabalho desenvolvido nos últimos seis anos. “Espero que este reconhecimento abra portas e desperte o interesse de mais mulheres para a Matemática. Os trabalhos selecionados sempre são de extrema relevância e só o fato de dar mais visibilidade a pesquisas desenvolvidas por mulheres, já é maravilhoso”, incentiva a cientista carioca que escolheu a matemática por ser base de diversas áreas científicas.

 

QUÍMICA

ElisaA Dra. Elisa Orth, cientista do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná – UFPR, conta que esta é a segunda vez que se inscreve no prêmio e se sente completamente realizada com a conquista. Seu estudo busca desenvolver novos catalisadores que acelerem eficientemente diversas classes de reações químicas. Uma potencialidade é obter enzimas artificiais que poderiam ser usadas para resolver problemas genéticos — relacionados a doenças como câncer, fibrose, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, entre outras. Outro interesse de aplicação é destruir substâncias químicas nocivas à saúde humana, presentes em muitos agrotóxicos ainda utilizados no Brasil. “Há anos conheci o prêmio e sempre quis fazer parte desse grupo de cientistas reconhecidas por ele”, declara.

 

FÍSICA

Foto 1A pesquisadora Karin Menéndez–Delmestre, da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, é uma autoridade reconhecida no campo da evolução de galáxias e busca entender os processos de suas formações, por meio de observações da via-láctea e de universos distantes. Ao longo de sua carreira, a cientista já produziu 37 artigos e mais de 1.200 citações, das quais 350 referem-se às publicações de primeira autora.

 

 

 

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